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ISSN 2317-2096

Então, de onde vem a força que os faz continuar correndo? Condições diaspóricas e rostidades olímpicas em Chariots of Fire, de Hugh Hudson

Número

n. 3

Ano

2016

Volume

v. 26

Páginas

p. 231-250

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Resumo

Em 1917, o Barão Pierre de Coubertin sintetiza, em seus escritos doutrinários, que uma das finalidades mais nobres do Olimpismo “é, por excelência, a glorificação da juventude”.1 Em 1924, Paris sedia a VIII Olimpíada dos tempos modernos, na qual o lema “Citius, Altius, Fortius” continua a oscilar entre a vontade individual da vitória e as articulações pragmáticas dos países em busca de vitórias coletivas e colaborativas. Neste breve estudo, dado o seu quadro inicial, acompanharemos a já clássica narrativa fílmica Chariots of fire (Carruagens de fogo – 1981), de Hugh Hudson, no que ela nos oferece da caracterização da delegação britânica, presente nos Jogos Olímpicos de 1924. Esse grupo de jovens atletas, bem como suas equipes de apoio, é representado de modo tensionado em sua formação multicultural, com ênfase nos substratos marcados por dois atletas diaspóricos: o “Escocês Voador” e o judeu filho de um financista de Londres. Refletiremos, pois, sobre essas duas linhas de força políticocultural, entre outras, responsáveis pela conformação da tradição e da rostidade dialética de uma nacionalidade heterogênea e contraditória que terá presença constante e vitoriosa em vários Jogos Olímpicos modernos.

Palavras-chave: Carruagens de Fogo; Jogos Olímpicos; tradição nacional; diáspora.

Abstract

In 1917, Baron Pierre de Coubertin states in his doctrinal writings, that one of the noblest goals of Olympics “is by excellence, the glorification of youth”.2 In 1924, Paris hosted the 8th Olympic Games of modern times, in which the motto “Citius, Altius, Fortius” oscillated between the individual will of victory and the pragmatic joints of countries in search of collective and collaborative victories. In this brief study, given its initial framework, we will address the now classic film narrative Chariots of fire (1981), by Hugh Hudson, as it conveys the characterization of the English Delegation in the 1924 Olympic Games. A tense multicultural background distinguishes this group of young athletes, as well as their support teams, with emphasis on substrates marked by two diasporic athletes, the “Flying Scotsman” and the son of a London-based Jewish banker. We reflect on these two lines of political and cultural strength that, among other factors, account for both the conformity to tradition and the dialectic faciality of a heterogeneous and contradictory nationality, which has had constant and successful presence in several modern Olympic Games.

Keywords: Chariots of fire; Olympic Games; national tradition; diaspora.

Referência

SANTANA, Jorge Alves. Então, de onde vem a força que os faz continuar correndo? Condições diaspóricas e rostidades olímpicas em Chariots of Fire, de Hugh Hudson. Aletria: Revista de Estudos de Literatura. Belo Horizonte, v. 26, n. 3, p. 231-250, 2016.
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