Biblioteca

Seja um dos 14 apoiadores do Ludopédio e faça parte desse time! APOIAR AGORA
ISSN 21783738

Da Coligay ao Sheik – (re)produção da homossexualidade no espaço de masculinidades: uma análise de discursos no campo futebolístico

Periódico / Revista

Oficina do Historiador

Número

Suplemento especial - I Encontro de Pesquisas Históricas - PUCRS (EPHIS)

Ano

2014

Páginas

p.1956-1970

Arquivos

Resumo

O ano de 2013 foi representativo para o futebol brasileiro. Após o “selinho” de Emerson Sheik, atacante do Corinthias, no empresário Isaac Azar, houve uma onda de comentários considerados homofóbicos, não só contra os atores do ato, bem como o próprio Corinthias. O que houve de representativo foi a volta da discussão acerca do tema homossexualidade, construção da masculinidade e o futebol. De fato, são três eixos que causam discussão, tendo em vista ser o futebol brasileiro um currículo de masculinidades. Porém, ao verificarmos a constituição de torcidas a favor da ocupação de espaços nos estádios pelos gays, como é o caso da Coligay (1977-1987), percebemos que o tema não é tão novo assim. A partir de reportagens da Revista Placar, pretendemos compreender o que essa mídia escreve sobre essa torcida. Qual o objetivo de se afirmar homossexuais num campo onde há (re)produção de masculinidades? Por (re)produção de masculinidades, entendemos que há constantemente nos estádios e outros espaços de reprodução do discurso futebolístico uma constante: o processo de “pedagogização”, da qual surgem ações que se associam a forma de ser homem (ou não ser homem). Dessa forma, o artigo pretende analisar essas reportagens e relacioná-las ao conceito de currículo de masculinidades, procurando entender como a Coligay se afirma e por que se afirma como uma torcida de homossexuais no espaço futebolístico.

Palavras-chave: Torcidas organizas de futebol, construção de masculinidades, Coligay.

Abstract

The year of 2013 was representative for Brazilian football. After the “peck” from Emerson Sheik, Cortinthias’ forward, on businessman Isaac Azar, there was a wave of commentaries considered homophobic, not just against the people of the act, as well as Corinthias itself. The representative situation was the return of discussion about homosexuality, masculinity’s construction and football. In fact, these three themes cause discussion, whereas the Brazilian football is a curriculum of masculinity. However, when we verified the formation of fans’ associations of football clubs (in portuguese: torcidas organizadas), which agree with the occupation in stadiums by gays, as Coligay did (1977-1987), we realized that this process is not novelty at all. From Placar Magazine’s reports, we pretend to comprehend what this media writes about this fan association of football club. What’s the objective of self-affirming as homosexual in a space where there is masculinities’ (re)production? For masculinities’ (re)production, we understand that there is in stadiums and others reproduction spaces of football discourse a constant: the process of “pedagogization”, from which come actions that get associated to a way of being man (or not being man). Thus, this article intends to analyze these reports and relate them to the curriculum of masculinities’ concept, wishing to understand how and why Coligay affirms itself as a homosexual fan association of football club in a football space.

KEYWORDS: Fans’ associations of football clubs, masculinities’ construction, Coligay.

Referência

PEREIRA, Kelvin. Da Coligay ao Sheik – (re)produção da homossexualidade no espaço de masculinidades: uma análise de discursos no campo futebolístico. Oficina do Historiador. Porto Alegre, Suplemento especial - I Encontro de Pesquisas Históricas - PUCRS (EPHIS), p.1956-1970, 2014.
Ludopédio

Acompanhe nossa tabela do Campeonato Brasileiro - Série A