O artigo procura analisar a obstinação de mulheres a partir da primeira proibição da prática do futebol feminino pelo Conselho Nacional de Desporto, em 1941, até o reforço dessa proibição por meio de uma deliberação, em 1965. A possível persistência da prática, bem como a relação das participantes com o público, o governo e a mídia, são pontos chaves na construção de uma trajetória de luta contínua. Através de alguns jornais que circularam no Rio de Janeiro, principal fonte do artigo, entre 1940 e 1965, busca-se mapear notícias de acontecimentos de jogos e treinos de futebol feminino – indicando que o esporte continuava sendo praticado mesmo dentro da ilegalidade.