Este artigo tem como objetivo compreender como o fenômeno do fascismo é discursivamente construído por coletivos de torcedores de esquerda do Corinthians, Palmeiras e São Paulo. Para alcançar esse objetivo, realizei duas entrevistas em grupo e duas individuais com esses torcedores. Ao analisar essas entrevistas, argumentei, entre outras coisas, que, na formulação dos discursos sobre o fascismo, muitos dos entrevistados adotam uma perspectiva iluminista crítica, retomando a crença na razão como instrumento civilizatório. Também argumentei que parte deles compreende que a luta contra o fascismo deve se dar no campo do diálogo.
Palavras-chave: futebol; política; fascismo; imaginário; coletivo de torcedores.