Dia 25 de maio de 2020. Os Estados Unidos entram em ebulição. Manifestantes, sejam eles negros ou brancos, homens, mulheres e crianças tomam contam do país. A revolta dos estadunidenses, rapidamente, se espalha para o planeta. O mundo, que naquela altura encontrava-se paralisado por conta da pandemia da COVID-19, via multidões saírem de suas casas, enfrentarem de peito aberto o contágio do vírus e marcharem pelas ruas. O motivo do protesto: o assassinato brutal de um homem afro-estadunidense pelas mãos da polícia. Na visão das autoridades, o que deveria ser mais um simples caso de mais um negro qualquer morto, para muitos, era o sinal de basta. O corpo sem vida de George Perry Floyd Jr. estendido no meio da rua e em plena luz do dia se tornou o símbolo de uma revolução. Um levante antirracista global havia emergido. O esporte, uma das principais ferramentas de mobilização social, não poderia ficar de fora desta luta. Com as ruas clamando pelo fim do racismo, os atletas, ao menos aqueles ligados ao campo progressista, passaram a se manifestar. Porém, não se restringiram a publicações protocolares nas redes sociais. Pelo contrário, os atletas entraram de corpo e alma na luta pela causa negra. Além de marcharem lado a lado com as multidões, nos EUA, muitos deles criaram e promoverem iniciativas de combate à discriminação racial que impactaram torcedores, o ramo da publicidade e até mesmo o resultado da eleição presidencial de 2020. As ações dos jogadores dos EUA inspiraram atletas das mais diversas modalidades e nacionalidades. Mais do que nunca, a bandeira antirracista era levantada dentro do esporte. Em outras palavras, pelas quadras e arenas ao redor do mundo, incluindo no Brasil, um movimento de atletas contra o racismo se formava. Assim sendo, o objetivo desta pesquisa consiste em analisar o caso George Floyd e os protestos que ocorreram nos EUA e em outras regiões. Além disso, também estudaremos as iniciativas promovidas pelos atletas e o movimento de combate ao racismo que surgiu dentro do esporte. Por fim, falaremos sobre o Brasil, analisando o contexto político-social que o País vivia e como os jogadores brasileiros se posicionaram diante deste levante antirracista que emergia pelo globo.
Palavras-chave: esporte; atletas; racismo; redes sociais; poder