Biblioteca

Seja um dos 14 apoiadores do Ludopédio e faça parte desse time! APOIAR AGORA
Dissertação

O jogo das ruas

Movimento de atletas contra o racismo
Ano

2023

Faculdade/Universidade

Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Tema

Dissertação

Área de concentração

Mestrado em Ciências Sociais

Páginas

268

Arquivos

Resumo

Dia 25 de maio de 2020. Os Estados Unidos entram em ebulição. Manifestantes, sejam eles negros ou brancos, homens, mulheres e crianças tomam contam do país. A revolta dos estadunidenses, rapidamente, se espalha para o planeta. O mundo, que naquela altura encontrava-se paralisado por conta da pandemia da COVID-19, via multidões saírem de suas casas, enfrentarem de peito aberto o contágio do vírus e marcharem pelas ruas. O motivo do protesto: o assassinato brutal de um homem afro-estadunidense pelas mãos da polícia. Na visão das autoridades, o que deveria ser mais um simples caso de mais um negro qualquer morto, para muitos, era o sinal de basta. O corpo sem vida de George Perry Floyd Jr. estendido no meio da rua e em plena luz do dia se tornou o símbolo de uma revolução. Um levante antirracista global havia emergido. O esporte, uma das principais ferramentas de mobilização social, não poderia ficar de fora desta luta. Com as ruas clamando pelo fim do racismo, os atletas, ao menos aqueles ligados ao campo progressista, passaram a se manifestar. Porém, não se restringiram a publicações protocolares nas redes sociais. Pelo contrário, os atletas entraram de corpo e alma na luta pela causa negra. Além de marcharem lado a lado com as multidões, nos EUA, muitos deles criaram e promoverem iniciativas de combate à discriminação racial que impactaram torcedores, o ramo da publicidade e até mesmo o resultado da eleição presidencial de 2020. As ações dos jogadores dos EUA inspiraram atletas das mais diversas modalidades e nacionalidades. Mais do que nunca, a bandeira antirracista era levantada dentro do esporte. Em outras palavras, pelas quadras e arenas ao redor do mundo, incluindo no Brasil, um movimento de atletas contra o racismo se formava. Assim sendo, o objetivo desta pesquisa consiste em analisar o caso George Floyd e os protestos que ocorreram nos EUA e em outras regiões. Além disso, também estudaremos as iniciativas promovidas pelos atletas e o movimento de combate ao racismo que surgiu dentro do esporte. Por fim, falaremos sobre o Brasil, analisando o contexto político-social que o País vivia e como os jogadores brasileiros se posicionaram diante deste levante antirracista que emergia pelo globo.

Palavras-chave: esporte; atletas; racismo; redes sociais; poder

Abstract

May 25, 2020. The United States boils over. Protest, whether black or white, men, women and children take over the country. The revolt of the Americans quickly spread to the planet. The world, which at that point was paralyzed due the COVID-19 pandemic, saw people leaving their homes, facing the contagion of the virus with an open heart and walking to the streets. The reason for the protest: the brutal murder of another African-American man by the hands of the police. For the authorities, what was supposed to be just another case of just another black person killed, for many, was enough. The lifeless body of George Perry Floyd Jr. in the middle of the street and in broad daylight became the symbol of a revolution. A global anti-racist uprising emerged. Sport, one of the main social mobilization tools, could not be left out of this fight. With the streets screaming for the end of racism, athletes, at least those in the progress field, began to get involved with the cause. However, they didn’t restrict themselves to protocol posts on social medias. On the contrary, the athletes fight with body and soul for the black cause. More than marching side by side with the people, in the US, many of them created and promoted campaigns to combat racism that impacted fans, the advertising business and even the results of the 2020 presidential election. The American athletes campaigns inspired athletes of most modalities and nationalities. More than never, the anti-racism flag emerged within the sport. In other words, on courts and arenas around the world, including Brazil, a movement of the athletes against racism was taking shape. Therefore, the objective of this research is to analyze the George Floyd case and the protest that happened in the US and other regions. In addition, we will study the campaigns promoted by the athletes and the movement against racism that emerged within sport. Also, we will talk about Brazil, analyzing the Brazilian politico and social context, and how the Brazilan players faced the anti-racism uprising that was emerging across the globe.

Key words: sport; athletes; racism; social media; power

Sumário

Introdução, 9

Capítulo 1 – O Começo de Tudo
1.0 – O Capítulo 1, 16
1.1 – O Caso George Floyd, 16
1.2 – Minneapolis: A revolução começa, 35
1.3 – A tomada das ruas, 37
1.4 – À beira do caos?, 47
1.5 – Donald Trump: Valente no Twitter, assustado na Casa Branca, 54
1.6 – A revolta se espalha pelo mundo, 67

Capítulo 2 – A Luta Contra o Racismo no Esporte
2.0 – O Capítulo 2, 72
2.1 – Palavras não bastam, 72
2.2 – O jogo volta, mas a luta continua, 85
2.3 – As urnas nas quadras, 99
2.4 – Palavras não ditas, 107
2.5 – Os cavaleiros solitários – Lewis Hamilton e Bubba Wallace, 128
2.6 – A luta é árdua e contínua, 144

Capítulo 3 – Brasil: Um Paraíso Tropical e Racial
3.0 – O Capítulo 3, 162
3.1 – Uma nação e seu mito, 162
3.2 – Atletas vão à luta, 186
3.3 – O jogo é contra o racismo, 196
3.4 – Histórias, represálias e lutas no futebol brasileiro, 207

Conclusão – Punhos Erguidos, 255

Bibliografia, 268

Referência

FLORENZANO, Gianluca. O jogo das ruas: Movimento de atletas contra o racismo. 2023. 268 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) - Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2023.
Ludopédio

Acompanhe nossa tabela do Campeonato Brasileiro - Série A