O propósito deste estudo foi duplo: (1) determinar se a aplicação do Group Environment Questionnaire (GEQ), que na versão portuguesa tem a denominação de Questionário de Ambiente de Grupo (QAG), é uma medida válida para estimar a coesão de grupo, procurando-se, através da análise factorial confirmatória (AFC), verificar as qualidades psicométricas da versão portuguesa da escala no contexto do futebol português; (2) estudar a variabilidade da coesão em função de algumas variáveis influenciadoras como o género, a idade, os anos de prática e o nível de escolaridade dos praticantes de futebol. Participaram 186 atletas federados praticantes de futebol 11 do sexo masculino (N=173) e feminino (N=13) com idades compreendidas entre os 11 e os 35 anos (M=15.21, DP=3.09). No que diz respeito aos valores de ajustamento global do modelo resultantes da AFC, a solução final, com 12 itens, apresentou um ajustamento adequado: χ²(50) =99.3; p< .000; χ²/df = 1.9; CFI= .9, GFI= .9, PCFI= .7, PGFI= .6, RMSEA= .07. Os resultados da fiabilidade da solução final do QAG, constituído por 12 itens, revelou valores de consistência interna entre α= 0.74 para a dimensão Integração no Grupo em relação aos aspectos Sociais e α= .83. No entanto, a análise de alguns índices de ajustamento local não foram satisfatórios. Por outro lado, as variáveis individuais estudadas influenciam a coesão dos grupos.
PALAVRAS-CHAVE Análise Factorial Confirmatória, Coesão, Futebol, Group Environment Questionnaire, Questionário de Ambiente de Grupo, Validação.