Sou palmeirense, e teria todos os motivos para não gostar do Sócrates, tantas vezes nosso algoz.
Mas a verdade é que sempre fui um fã dele.
Assim como era fã do futebol do Falcão e do Zico, também algozes do Palmeiras.
Sócrates foi um dos maiores craques que vi jogar. Pela elegância, a visão de jogo, o toque refinado, a inteligência em campo e fora dele.
Nunca vai sair da minha memória a seleção de 1982 que, mesmo derrotada, passou para a História como uma das melhores de todos os tempos.
E Sócrates, capitão daquela seleção, foi um dos seus principais jogadores.
Tive a oportunidade e o privilégio, no último mês de abril, de participar de um bate-papo com ele organizado pela redação do Estadão, onde trabalho. Continuava inquieto, crítico, com uma visão ao mesmo tempo cética e utópica do mundo.
Apesar dos problemas de saúde que enfrentava, sua morte me pegou de surpresa. Foi-se muito cedo, pelo tanto de contribuição que ainda poderia dar no debate de tantas questões importantes no esporte, na política, na sociedade.
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