O artigo realiza uma análise sobre a narrativa da imprensa na cobertura da seleção brasileira de futebol durante a Copa do Mundo de 2002. O material concentra-se nos suplementos esportivos do Jornal do Brasil durante a Copa do Mundo de 2002 – iniciando-se dois dias antes e terminando dois dias após, totalizando 32 exemplares. Parte-se da hipótese que o epíteto “Brasil: país do futebol”, que possui uma dimensão mais intensa e singular em época de Copa do Mundo, vem declinando e as narrativas jornalísticas em torno da seleção brasileira de futebol já não tratam de forma homogênea o futebol como metonímia da nação. A reflexão sobre o papel da imprensa esportiva como formadora de cultura é fundamental para que possamos observar como os jornais ratificam e constroem mitologias e discursos identitários, apesar da objetividade jornalística que se constitui num dos pilares da profissão.