No começo do século XX o Rio de Janeiro vivenciava a febre futebolística que se estabeleceu no cotidiano carioca em meio a um contexto de transformações urbanas. O futebol, relacionado ao espaço geográfico, pode ser visto como mais um produto dessas alterações, além de ser também um produtor de materialidades e imaterialidades. É pensando nesse viés que este artigo busca discutir como esse esporte produz espacialidades e simbologias, sendo o estádio de São Januário o principal objeto de análise. Através de análises bibliográficas em jornais e revistas do início do século XX, levantamentos iconográficos, trabalhos de campo e entrevistas semi-estruturadas, foi possível interpretar o papel ativo que o futebol possui na produção espacial, criando condições para novas dinâmicas e formas, além das especificidades presentes no espaço que São Januário está inserido.
Palavras-chave:Produção do espaço; Futebol; São Januário.