O objetivo deste trabalho é discutir a interface identidade, esporte, globalização (sob a égide do desenvolvimento tecnológico, da tradição) e a contradição entre a afirmação da identidade e o incremento tecnológico no avanço da globalização no contexto esportivo. Quando se pensa no caráter conferido ao esporte ao longo dos tempos, vemo-lo engendrado como articulador de subjetividades na vida do ser humano. O esporte, enquanto atividade humana, modifica não apenas o mundo, mas também o homem que o executa, mergulhado em uma sociedade que, a partir da exaltação teórica da categoria esporte, vê-se transformada, efetivamente, como um todo: agora vista como uma sociedade de esportistas. Com o advento de singulares formas de organização do esporte o indivíduo viu-se não mais pautando sua vida em necessidades de pertencimento à família, às comunidades, às organizações sociais, mas sim impelido a acreditar em possibilidades de desenvolvimento de si como sujeito autônomo e livre.