O presente trabalho busca investigar aspectos da vida futebolística na Paraíba a partir da formação de suas Ligas, especificamente a Federação Desportiva Paraibana ao longo de sua existência do ano de 1941 a 1947, fundada por obrigatoriedade do decreto lei n.3.199 que regularizou os esportes e profissionalizou o futebol no país, sob a tutela do regime autoritário intitulado Estado Novo. Utilizando como fontes jornais, revistas e documentos oficiais problematizei aspectos importantes da reorganização do campo esportivo nesse período, já que a formação do Conselho Regional dos Desportos ligado diretamente à secretaria do interior do estado Paraíba, associado à entrada de novas forças políticas no seio dessa nova federação provocaram quatro renúncias coletivas e duas intervenções ao longo de sua existência, assim como o fim dos clubes ditos mais tradicionais que já participavam das Ligas anteriores. Questões como a profissionalização dos jogadores, a pluralização do discurso jornalístico e a formação de clubes vinculados a fábricas nesse período também são abordados para a tentativa de se compreender as mudanças e permanências que acompanharam a real aplicabilidade do decreto mencionado. Desta feita será possível analisar o alcance de um projeto nacional para os esportes em confronto com as possíveis tramas sociais que circundavam os bastidores da prática esportiva na Paraíba.
Palavras-Chave: Futebol; Estado Novo; Elites Políticas; Paraíba