06.12

René Simões (parte 2)

Equipe Ludopédio 27 de junho de 2012

Um dos principais treinadores do futebol brasileiro, René Simões é uma figura sui generis no universo futebolístico, pois tem a capacidade de personificar e pôr em prática termos tão abstratos como interdisciplinaridade e multilocalismo. Ainda nem havíamos iniciado a entrevista e o professor René começou a aula: “O futebol é uma bela fonte inesgotável, de pesquisas. Até porque, as pessoas que trabalharam, antigamente, viam na ciência um empecilho. Um empecilho ao esporte. Ainda bem que isso está mudando agora. Nem todos, mas a maioria está começando a entender que a ciência não veio para atrapalhar a criatividade, e a espontaneidade do jogador ao jogar futebol. Ao contrário, ela veio dar condições para que ele possa botar essa criatividade em ação”.

Como exemplo dessa “ciência em ação”, René fez uma avaliação do primeiro jogo entre Barcelona e Chelsea pela Champions League 2012: “o que faltou ali foram dois brasileiros na frente. A melhor forma de você matar uma retranca é o drible, a criatividade. Então, se você mata uma linha, você desequilibrou as outras linhas. E o Barcelona faz muito bem isso, mas não trabalha. Só o Messi desequilibra. E o Thiago Alcântara, que é filho do Mazinho, também pode fazer isso. […] O Mazinho descia no treino. O treinador dizia ‘toca, toca, toca!’, e o Mazinho ‘segura, usa a criatividade, usa a criatividade’.”

Em 2012, iniciou um novo desafio: dirigir as categorias de base do São Paulo F. C. em Cotia, município próximo à cidade de São Paulo. Este e outros temas – como sua trajetória, as inúmeras experiências fora do Brasil, o trabalho com o futebol praticado por mulheres etc. – foram lembrados na entrevista abaixo. Boa leitura!

 Foto: Max Filipe Nigro Rocha
Renê Simões, coleciona histórias e cargos no futebol. Foto: Max Filipe Nigro Rocha.

Segunda parte


Dentro da cultura futebolística um elo fraco ainda é o futebol feminino. Quais elementos também se destacam da participação da seleção feminina em 2004? E gostaria também que comentasse como foi a experiência na Vila Olímpica? Como foi a experiência na Vila Olímpica, e como a Olimpíada é diferente da Copa do Mundo?

É muito diferente. Bom, a seleção feminina ela passa por um processo, que foi a proibição da prática feminina na época da ditadura. Então, matou-se completamente quase que todos os esportes femininos. E o futebol, mais ainda, por ser considerado o esporte do ‘canarinho macho’. O ‘canarinho macho’ é que tinha que jogar. ‘Canarinho fêmea’ era totalmente excluída. Uma das razões para essa atitude da sociedade em parte se devia a opção sexual de umas poucas jogadoras. Um absurdo, pois essa opção pertence a cada um e tem em todos os esportes. Você vai ver diferentes opções sexuais em todos os esportes.

Então, qual foi a minha facilidade com as meninas? É que eu cheguei e eu as vi como mulheres. Eu vou dirigir um time de mulheres. Isso sem rótulo nenhum, absolutamente. Eu nunca perguntei a nenhum jogador qual era a opção sexual deles e sempre os tratei como homens. Se ele gostava de homem, se ele gostava de mulher, se ele era casado, se tinha mulher fora de casa, era problema deles, desde que não atrapalhasse o trabalho da equipe, eu não posso interferir nisso. Eu posso dizer para eles que existem algumas linhas de condutas que te ajudam a conviver bem com você mesmo e com quem te cerca. Se você estiver bem assim, maravilha. Foi o primeiro choque de gestão que eu dei nelas. Eu acho que em todo lugar que você chega você tem que dar um choque de gestão. Senão não adianta. E o choque de gestão foi: receber cada uma delas no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, com uma rosa no Aeroporto e um beijo. Foi a primeira maluquice. Isso dito por elas, não é dito por mim não, elas falaram em entrevistas.

Uma loucura, quem é esse cara? Maluquice. E depois, quando chegou na Granja, eu fiz uma apresentação da comissão técnica, uma apresentação do trabalho, o que a gente ia fazer, que rumos íamos dar e que eu ia tratá-las como minhas filhas. “Vocês vão ter tudo que precisam, mas não vão ter tudo o que querem. O que vocês querem terão que conquistar. O que vocês precisam podem ter certeza que eu vou providenciar”. E providenciei. Era o salário, que muitas vezes não pagavam direito a elas, faltava dinheiro, e sempre que faltava eu ia lá e brigava; era ginecologista, era psicólogo, era nutricionista, era fisiologista, cardiologista, dentista, psicólogo… Tudo, tudo o que elas precisaram, elas tiveram. E tudo o que elas quiseram, tiveram que conquistar… e a gente conquistava junto. Esse foi um grande choque pra elas, e elas se modificaram.

Começaram extremamente desconfiadas. Quem é esse cara? Que história é essa? Primeiro, um treinador de homem se metendo aqui, e depois me recebe com rosas, me dá um beijo e me chama de “minha filha”? Ninguém nunca me chamou disso. Nós começamos a trocar o chip mental delas exatamente ali. Tiramos um e colocamos outro. E isso foi na parte técnica também, na dinâmica do jogo. Teve determinado momento em que a minha comissão técnica estava desesperada. Porque elas vinham piorando, elas não vinham melhorando, elas vinham piorando na parte do gesto técnico, no chute, no passe, na movimentação. Eu disse: “tenham calma, eu passei por isso na Jamaica”. Quando eu comecei a tirar o chip da agressividade deles, e coloquei o chip da competitividade com fair play, eles caíram muito e depois se recuperaram. Tanto que eu tinha um assistente que perguntava sugerindo assim: “por que não pegamos um time fraco?”. Eu tinha decidido no planejamento que só jogaríamos contra times de homens, pois contra as mulheres ganharíamos todos os jogos com muita facilidade. Jogando contra os homens os jogos iniciais nós perdíamos de 7, perdíamos de 8. Mantive-me firme e pedi que tivessem confiança nisso. E fomos trabalhando, e elas foram trocando esse chip, e depois a forma de jogar ficou uma maravilha. Tudo funcionou de forma perfeita, subimos no pódio, só faltou o ouro.

Foto: Max Filipe Nigro Rocha
Após trabalhar com jogadores profissionais, Renê Simões, coordena as categorias de base do São Paulo. Foto: Max Filipe Nigro Rocha.

 

E a experiência de ficar na Vila Olímpica, vivenciar a movimentação da Vila Olímpica…?

A Vila… O mundo devia ser que nem a Vila. Ali você pega um jogador de dois metros e quinze, um chinês do basquete, com uma ginasta, de um metro e quarenta e cinco. Foi genial ver os dois andando juntos, incrível. Todo mundo parava, queria tirar fotos com eles. Então, você vê o branco com o negro, você vê o muçulmano com o cristão, você vê o palestino com o judeu. É fabuloso, cara. Você vê o forte, você vê o feio, você vê o bonito. A Vila Olímpica é uma manifestação do que deveria ser o mundo, da aceitação total das pessoas pelo o que elas são. O direito de você ser como é, o direito de pensar como você pensa, desde que eu consiga viver em comunidade. E viver em comunidade é respeitar o seu direito e você respeitar o meu direito. Então, isso é a Vila Olímpica. O que mais me impressionou na Vila Olímpica foi exatamente essa constatação de que lá eu podia pensar como eu pensava, agir como eu agia, desde que eu não interferisse no silêncio, nos horários, desde que eu não interferisse, não atrapalhasse os outros. Eu tenho o direito de ser exatamente como eu sou, desde que eu não atrapalhe os outros de serem como eles são. Eu posso pensar o que eu quiser, desde que os outros possam pensar o que eles quiserem. Então, eu acho que a Vila Olímpica é essa expressão, é muito legal. Pena que ficamos pouco tempo. O futebol começa um dia antes da abertura dos jogos e você joga em vários lugares. Nós fomos a primeira equipe brasileira a chegar dentro da Vila. Tanto que ainda estavam cortando grama, pintando, trocando lâmpada; faltava coisa a beça. Nós pudemos sentir o que era a Vila vazia, e depois sentir o que era a Vila cheia. Nós chegamos para final e voltamos para Vila. Foi emocionante aquele retorno, o convívio com as outras delegações. Mas aí já estava aquela loucura de entra e sai, pois algumas competições estavam terminando e outras começando. Mas é muito legal… emocionante. Emocionante você ver como é que tanta gente pode viver em paz, e descobrir o que é o Brasil. A força do Brasil. Eu tenho até hoje uma bermuda e uma camiseta da Austrália. Material de uma qualidade excepcional. O nosso, por outro lado, de qualidade nem tão boa. Mas, Brasil é Brasil.


Você contou um exemplo de um problema estrutural que o futebol feminino ainda tem. Você acha que é uma reflexão para pensar o problema do futebol feminino no Brasil? É um caso pra políticas públicas? É um caso pro Governo Federal intervir? Quais medidas poderiam ser tomadas?

O Governo Federal não tem que intervir. Ele tem que fazer o que ele tem que fazer. Se você pegar o futebol, o esporte em geral, ele tem vertentes diferentes. Ele tem a parte educacional, a social e de alto-rendimento. A parte educacional é competência do Governo. A parte social é competência do Governo e da sociedade e a parte de alto-rendimento das federações e confederações de cada esporte. Os três têm que falar a mesma linguagem e estar em consonância. Há três meses, a presidenta Dilma pediu ao Ministro [dos Esportes] Aldo [Rebelo] que fizesse um projeto. Ela quer ver o futebol feminino brilhar nas Olimpíadas de 2016. Ele reuniu muita gente, estava a Érica, estava o atual treinador da seleção brasileira, o Jorge Barcelos, estava o pessoal de televisão, tinha técnicas, ex-jogadoras, a Michael Jackson, que é a coordenadora do futebol e eu. Ele pediu sugestões a todos, e me nomeou como relator dessa apresentação de sugestão para um projeto. Domingo retrasado eu terminei e enviei.

Primeiro, como é que eu vamos captar? O futebol, e inclusive o feminino, tem que ser uma oportunização social, e o projeto sugere dar essa oportunização social criando isso nas escolas. Até 11 anos, a ideia é criar o que tem nos Estados Unidos: o futebol de 9, que são cinco meninos e quatro meninas jogando. Até 11 anos dá para jogarem juntos, não tem problema nenhum. Depois dessa faixa de idade já fica mais complicado, tem a maturação. Isto seria obrigatório nas escolas. Outro ponto são os Centros Olímpicos. Fazer cinco Centros Olímpicos nas regiões, esses centros começam a treinar essas garotas. Depois, fazer jogos regionais, jogos municipais colegiais. Os campeonatos estaduais das federações serão subvencionados pelo incentivo fiscal, ajudando os clubes. As Federações vão receber ajuda do Governo para a parte de arbitragem, de transporte, para ter os campeonatos; depois então você faz a Copa Brasil.

E que clubes são esses? A ideia não contempla obrigatoriamente a necessidade dos clubes serem ligados aos clubes de futebol das divisões A ou B. O modelo do voleibol é o melhor para o início desse projeto. Qual é o projeto do voleibol? Por acaso agora, o Cruzeiro foi até campeão no masculino. Mas, ótimo, se os clubes quiserem vir, que venham. Mas o melhor é que as parcerias devam ser feitas com universidades e com grandes firmas. Eu acho que passa por aí. Isso tudo tem parte de Governo, e as associações do Governo podendo implementar ali. Depois vem a CBF. Ela pode se abrir para essa ajuda na seleção feminina. A Marinha com facilidade encamparia esse time todinho. A Marinha está doida pra fazer isso. Pega o time, vai pagar, então faz uma seleção permanente, que vai jogar e jogar. Como a Olimpíada vai ser no Brasil, criar torneios internacionais que você começa a jogar dentro do Brasil, para você sentir o que é a pressão. Ninguém se tocou ainda, eu acho que o brasileiro não se tocou ainda, que a Copa do Mundo vai ser aqui, que a Olimpíada é aqui. E a pressão é uma coisa absurda. Se jogar uma Copa do Mundo já é difícil, imagina jogar uma Copa do Mundo, uma Olimpíada dentro de casa? Eu joguei com a Jamaica, que é um milionésimo abaixo de pressão, e é uma loucura. São os patrocinadores, são os políticos, são os torcedores, todo mundo querendo invadir o hotel, ver a seleção o tempo todo. Se você não tiver controle, você é morto. Você está morto. E é pressão no jogador, o jogador sabe que não pode errar, Que lugar você pode tirar na Olimpíada, que lugar você pode tirar na Copa do Mundo? Segundo está bom? Não está bom, tem que ser o primeiro. Segundo nós já fomos! E foi um horror, até hoje a gente lembra do Maracanaço. O Governo está preocupado com isso, o primeiro passo já foi dado, vamos ver qual vai ser o próximo passo em prol do futebol feminino.

Foto: Max Filipe Nigro Rocha
Renê Simões, desenvolve jovens talentos da base do São Paulo. Foto: Max Filipe Nigro Rocha.

René, qual avaliação que você faz do seu trabalho com o São Paulo, na categoria de base?

O que eu fiz foi fazer o que qualquer gestor faz numa empresa. Eu vou assumir hoje a Fiat. O que eu vou fazer? Eu vou começar a fazer um diagnóstico do que está acontecendo. Nós estamos sabendo o que estamos fazendo aqui dentro? Nós temos uma missão? Nós temos uma visão? Nós temos valores? Então, a primeira coisa é qual missão, qual visão, quais valores nós temos. Depois, dentro disso, as pessoas que eu tenho trabalhado se encaixam nisso aqui que eu quero? Se não encaixa, tem que mandar embora, tem que arrumar outros. Se elas encaixam dentro do que eu tenho, elas sabem que quando elas começam a fazer um Siena aqui, elas têm que terminar esse carro e ele tem que ser um Siena. Não pode ter uma peça de um 147, sei lá. Ela tem consciência disso? Ela tem consciência que um setor tem que captar esse material, para produzir o chassi, produzir o banco, produzir tudo isso?

Aqui no São Paulo é a mesma coisa, temos uma linha de produção, só existe uma diferença, e importantíssima, lidamos com seres humanos. Então, pesquisei tudo sobre o CT de Cotia. Como captamos jogadores, como treinamos eles, quem treina os jogadores, como educamos academicamente, como eles são transferidos para o time profissional, como são aproveitados no time profissional etc. Depois de encontrar respostas para essas perguntas, fizemos o nosso projeto, baseando em alguns pilares, e apresentamos ao presidente. O primeiro pilar é a captação; o segundo pilar é o aperfeiçoamento continuado dos profissionais; o terceiro pilar é a metodologia; o quarto pilar é o laboratório de ciências do esporte; e o quinto pilar é a coordenadoria de comissões técnicas. Nesses cinco pilares a gente vai distribuir os coordenadores, distribuir quem tem função, e ali fazer com que o trabalho seja multidisciplinar.


Esse princípio de continuidade nas categorias permite enfrentar o problema de vários clubes hoje que é a presença de poucos atletas das categorias de base nas equipes principais. Mas permite enfrentar também a notável diversidade do quadro de jogadores, por exemplo, do Bahia, que você treinou no ano passado e que contava com jogadores muito diferentes entre si, como Jobson, Carlos Alberto, Ricardinho, até o Paulo Miranda, que está hoje no São Paulo. Você encontra um quadro tão diverso de jogadores. Essa continuidade também permite enfrentar esse quadro tão multifacetado?

A ideia é exatamente esta, ter os jogadores se conhecendo, sabendo o modelo de jogo e gostando do clube e se possível sendo amigos. No Bahia eu tinha 28 jogadores. Talvez só quatro jogadores formados no Bahia. Tinha uma Vila Olímpica ali, entendeu? De repente, cai todo mundo ali e você tem que administrar aquela massa toda, cada um com seus problemas, com suas diferenças, de fazer com que todos joguem da mesma forma. Então, se você tiver oito para três, e essa é a minha ideia, oito jogadores formados na base com três chegados, então é muito fácil você administrar, entendeu? Pode se preocupar com esses três que chegaram, por que esses oito que estão aqui já falam a sua língua, eles têm problemas que já são conhecidos. Eles já são do clube, eles já sabem o que tem que fazer. Então, a ideia é essa, evitar o que acontecia no Bahia, de ter onze jogadores e só o Ávine do time titular que era do Bahia. Todos eram de fora do Bahia, todo mundo vindo de fora. Aí fica complicado você dirigi-los. Se você pega o Guardiola dirigindo aquele time, vê que eles já jogam juntos desde o sub-14. Tem jogador que está há 16 anos, 12 anos, 10 anos no clube. Então ele já sabe tudo do clube. Assim fica mais fácil.


Como lidar com os contratos cada vez mais precoces com os jovens da base? E você considera que a elogiável posição adotada pelo São Paulo no caso recente envolvendo o garoto Mosquito que treinava no Vasco da Gama como paradigmática no processo de consolidação de melhores relações entre os clubes formadores?

Temos que parabenizar o São Paulo e divulgar que se tivéssemos aceito, não estaríamos fazendo nada fora da lei, uma vez que esse jogador já esta inscrito pelo clube Macaé. Porém, mais do que a lei, existe a ética e moral. O Vasco não pode ser penalizado por ter colocado o jogador na seleção brasileira e perder o jogador por que a lei é frágil. Precisamos ter a coragem de dizer não aos mal feitos.

Foto: Max Filipe Nigro Rocha
Renê Simões também treinou a seleção feminina de futebol. Foto: Max Filipe Nigro Rocha.

Você tem se dedicado a escrever livros, como “O Dia em que as Mulheres Viraram a Cabeça dos Homens”, sobre sua própria experiência à frente do comando técnico da seleção brasileira de futebol feminino e a conquista da medalha de prata nas Olimpíadas de Atenas, em 2004; e “Do Caos ao Topo: Uma Odisseia Coxa-Branca”, sobre a conquista do título da Série B em 2007. Como surgiu o interesse pelo trabalho literário?

Foi nos anos 90, quando li um livro chamado TURBILHÃO, onde o autor narrava toda a revolução islâmica do Irã. Em 1994, fui jogar um jogo da Copa da Ásia em Teerã. Ao chegar no hotel, eu conhecia cada canto do aeroporto, cada ruela, cada mercado de tapetes, os táxis e as pessoas e sua forma de vestir. Fiquei fascinado com a capacidade que ele teve em ser cineasta escrevendo. Depois disso, virei escritor de texto até que em 2005 resolvi colocar a história das meninas num livro. Junto a essa ousadia de querer ser cineasta com as letras, quis também suprir a ausência de literatura sobre futebol.

Recentemente, a Rede Record anunciou que você será o comentarista dos jogos da seleção feminina de futebol na transmissão dos Jogos Olímpicos de Londres-2012. Qual a sua expectativa frente a esse novo desafio?

Será uma emoção diferente, já que não estarei dentro de campo podendo interferir diretamente nas ações, mas espero poder contribuir diretamente nos comentários a favor do desenvolvimento do futebol feminino, na seriedade do que se fala e na divulgação do conhecimento.

O Brasil conquistou o direito para sediar os dois maiores eventos esportivos do mundo. Porém, existe uma diferença entre conquistar o direito e a realização. Como você tem acompanhado essa organização estrutural para que os eventos ocorram? Em sua visão há algo sendo construído no país para o legado esportivo e social?

Com preocupação, afinal somos o pais do jeitinho, não acreditamos em planejamento e nem prazos e contratos. Espero que tudo saia bem, pois sou brasileiro e esportista. Deveríamos usar esses eventos para deixar o legado do trabalho organizado e sério, não custa sonhar.

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