O presente trabalho busca apresentar uma revisão bibliográfica acerca da utilização do futebol, um dos esportes mais populares do mundo, como instrumento de política interna e externa, principalmente durante as ditaduras militares no Brasil (1964-1985) e na Argentina (1973-1983). Para isso buscou-se compreender, através da óptica das Relações Internacionais, o envolvimento do futebol na formação da identidade nacional, o papel que este desenvolve na diplomacia e também sua utilização como ferramenta de soft power. Partindo disso, a principal problemática do presente estudo é compreender de que maneira o futebol, paixão nacional de Brasil e Argentina, foi utilizado como um instrumento de política interna e externa pelos regimes militares no Brasil e na Argentina, especialmente os períodos durante a Copa do Mundo FIFA de 1970, na qual a seleção brasileira conquistou o tricampeonato, e também no mundial de 1978, no qual a Argentina foi sede e vencedora do campeonato. E os resultados angariados pelos governos da época, através da legitimação interna e também pela projeção de uma imagem positiva no meio internacional.