Ao longo da história, as mulheres foram representadas de acordo com seus corpos e suas genitálias. No Brasil do século XX, a fim de respeitar suas funções biológicas e reprodutivas, foram proibidas por lei em 1941 e em 1965 de praticarem esportes de contato e de luta, entre eles o futebol. Com a deliberação da lei em 1979, continuaram a sofrer, dentro e fora de campo, com representações heteronormativas de seus corpos. Dentro de campo, não podiam se assemelhar fisicamente ao corpo masculino, tendo que provar sua “feminilidade” através de adereços e comportamentos. Já fora de campo, a mídia esportiva reproduzia realidades e corpos estereotipados a fim de reforçar a normativa do gênero feminino. Diante disso, esta pesquisa tem como objetivo analisar quais foram as representações construídas sobre o futebol praticado por mulheres na revista Placar no editorial Futebol, Sexo e Rock and Roll entre abril de 1995 e fevereiro de 1999.
Palavras-chaves: Futebol Feminino; Revista Placar; Futebol, Sexo e Rock and Roll; mídia.