O último episódio desta temporada do PEC está no ar com uma bancada de respeito. Batemos um papo sobre Racismo e Esporte com o jornalista Breiller Pires e com o diretor do Observatório da Discriminação Racial no no Futebol, Marcelo Carvalho.
Os recentes casos de racismo no esporte mostram a importância de se falar sobre racismo, quanto mais se fala e se debate sobre, maiores são as chances de minar essa característica que estrutura nossa sociedade. Aproveitamos o espaço para homenagear o gigante Gerson King Combo.
Solte o som “brother”, curta nosso season finale e seja sempre antirracista!
Curtiu o nosso trabalho? Tem interesse em participar do nosso podcast apresentando sua pesquisa? É simples, basta enviar um email para Pesquisa Esporte Clube se apresentando e contando um pouco da sua pesquisa.
Todos os comentários são bem vindos e nossas redes sociais também são espaços de debates e troca de ideias.
Em mais um episódio da série #PorOutroFutebol, os apresentadores Marcelo Carvalho e Marcel Tonini trazem a discussão sobre o racismo no Brasil a partir da perspectiva da justiça. Neste programa, receberemos Preto Zezé (presidente da CUFA – Central Única de Favelas) e o advogado Fernando Santos, auditor do TJD-BA (Tribunal de Justiça Desportiva da Bahia).
A partir do futebol, a discussão atingiu questões sobre política pública, representatividade política, disputa de poder, economia, educação financeira de jovens atletas, justiça e até a formação de uma frente parlamentar preta. Questões como o trainee da Magazine Luiza, a campanha de marketing do Náutico e a atuação antirracista de atletas e artistas também foram discutidas.
Iniciando mais um ciclo de debates #PorOutroFutebol, a dupla Marcelo Carvalho e Marcel Tonini recebem o professor e militante Douglas Belchior e a jornalista e também militante Eliana Alves para debater o racismo estrutural que também atravessa o futebol.
O racismo estrutural está presente nas políticas públicas racistas e valores que reproduzem comportamentos e pensamentos discriminatórios da sociedade. As falas de Eliana e Douglas foram aulas para compreendermos a mecânica da reprodução do racismo e como o poder público marginaliza e mata negros da periferia.
Esta é a segunda edição do Prorrogação, com conteúdo extra do episódio 19 do Passes e Impasses. O tema é “Racismo e Esporte”. Esperamos que gostem!
Sabe quando o jogo tá tão bom que a gente não quer que acabe? Pensando nisso, tivemos a ideia de criar um episódio complementar ao Passes e Impasses. Agora, toda vez que um tema render novas análises, você poderá se aprofundar ouvindo o Prorrogação.
Prorrogação é uma produção do Laboratório de Estudos em Mídia e Esporte em parceria com AudioLab da UERJ.
O tema do nosso décimo nono episódio é “Racismo e Esporte”. Com apresentação de Filipe Mostaro e Carol Fontenelle, gravamos remotamente com o mestrando da Escola de Comunicação da UFRJ e ex vice-presidente de comunicação do Flamengo, Wellington Silva, e com o jornalista (UFS) e jovem pesquisador, Emerson Esteves.
O podcast Passes e Impasses é uma produção do Laboratório de Estudos em Mídia e Esporte (LEME) em parceria com o Laboratório de Áudio da UERJ (Audiolab).
Você ama esporte e quer acessar um conteúdo exclusivo, feito por quem realmente pesquisa o esporte? Então não deixe de ouvir o décimo nono episódio do Passes e Impasses.
A nova série do Ludopédio #PorOutroFutebol traz a temática da marginalização de diferentes grupos sociais no universo do futebol. O primeiro episódio aborda o racismo dentro de campo.
Quem conduz esse debate é a dupla Marcelo Carvalho (Observatório da Discriminação Racial do Futebol) e o pesquisador Marcel Tonini, que também recebem os convidados, os ex-jogadores, Aranha (Santos e Ponte Preta) e Wilson Santos (Internacional).
Acompanhe a live, todas as segunda, às 21h, #PorOutroFutebol!
Marcel Tonini e Marcelo Carvalho são pesquisadores do esporte. Marcel Tonini integra a Rede Neho como pesquisador que elege a história oral como prática de pesquisa e Marcelo Carvalho é o diretor do Observatório da Discriminação Racial no Futebol. Veja o vídeo aqui.
Cada vez mais pessoas tem prestado atenção e se posicionado. Não consigo mais ficar calada.
Existe um conceito chamado interseccionalidade, você não tem como falar apenas sobre racismo sem considerar mulheres negras, LGBT, trans… Não tem como abordar racismo sem abordar essas outras vozes que não são ouvidas. Pras mulheres fica ainda mais restrito, porque ganham menos, têm menos espaço na mídia e precisam aproveitar pra manter a carreira delas.Você pode até falar sobre as dificuldades, como é ser mulher, como é ser mãe, quando vai racializar ainda é difícil, porque as pessoas não se posicionam tanto… Essa pluralidade que ainda não é vista…
Tá crescendo, mas também na hora de avançar.
É um debate que demorou tanto para ser feito, que eu não consigo enxergar após a pandemia como isso vai conseguir ser abafado. Talvez seja um pouco otimista da minha parte, porque são anos e anos abafando o assunto, mas não consigo enxergar as pessoas se calando. É um bom pensamento pro futuro.
Você não consegue pensar em racismo, sem pensar na mulher negra.
MARCIO CHAGAS
Tinha ambição de chegar ao quadro da Fifa, mas não consegui. Nem vejo isso como derrota. O futebol tem suas particularidades. A sua política.
No terceiro episódio que passei de racismo, em 2014, ouvi xingamentos por quatro vezes, antes de começar a partida, no fim do primeiro tempo, no intervalo e ainda ao encerrar a partida. “Negro”, “Macaco”, “Ladrão”, “Volta pra Selva”, “Volta pra África”… E o pior: “Matar negro não é crime, é adubar a terra”. Eu estive acompanhado em todo o momento pela Brigada Militar, que não fez absolutamente nada. Quer dizer, quem deveria me dar segurança e proteção estava compactuando com todo aquele crime. O que estamos fazendo aqui é resistência. Falando de um assunto que os clubes não querer abordar, que dizem que é chato, não precisa. Porque não é interessante politizar o ambiente. Quem está na esfera de poder é politizado e não quer que a parte mais baixa da pirâmide participe. O que mais se vê nos clubes é movimento político por conselhos e cargos. Como política e futebol não se misturam? Misturam, sim. Temos de ter força para potencializar esse assunto nesse momento para que continue depois. O que mais falta no futebol é a mentalidade coletiva. Ficamos nesse discurso do preto vencedor.
O que é de uma crueldade tremenda. Só conta os louros. Dos casamentos, não dos divórcios. A CBF é oportunista. Em cima de alguns casos, compra e banca uma propaganda midiática, mas não tem um trabalho efetivo de combate. O Marcelo nunca foi abordado pra falar sobre o trabalho que realiza. A CBF não tem interesse em combater. É outra entidade que adota um discurso da meritocracia. Sabe quantos árbitros negros no Brasil tem apitando?
O futebol brasileiro adota um discurso de democracia racial e até de alienação. Não colabora quase em nada para a consciência racial. Até me surpreendeu alguns brasileiros que jogam no exterior. Parece que temos de importar o debate. Os jogadores poderiam contribuir de maneira efetiva, não só com faixa e camiseta.
MARCEL TONINI
As pessoas sempre me perguntam se o racismo aumentou [por conta da divulgação dos dados e do aumento de casos registrados pelo Observatório], mas eu entendo que estão é tendo mais visibilidade, inclusive com contribuição da imprensa. Não significa que não existiam casos de racismo. Existiam, mas hoje temos um outro olhar sobre esses dados. Temos de transformar essa ação em vontade coletiva. Por que não manter essa luta constante?
MARCELO CARVALHO
A gente consegue ver uma mudança, mas a maioria das manifestações são peça de marketing. Elas têm uma importância porque mostram quem tem coragem de se manifestar.
Num segundo momento, vamos querer que tenham um posicionamento mais contundente. Por isso nasceu a última campanha: “poderia ser eu”. Para que tivessem um posicionamento um pouco mais forte. Nasce com a ideia de falar do genocídio da população negra.
Que a cada 23 min morre um negro no Brasil. Isso é subir um pouco o tom.
Ludopédio convida Marcelo Carvalho, idealizador do Observatório da Discriminação Racial no Futebol para conduzir o programa especial sobre racismo e futebol. O programa ainda terá a presença da jornalista Julia Belas, o ex-árbitro Marcio Chagas e o pesquisador ludopédico Marcel Tonini.
Confira alguns momentos da conversa:
JULIA BELAS
Cada vez mais pessoas tem prestado atenção e se posicionado. Não consigo mais ficar calada. Existe um conceito chamado interseccionalidade, você não tem como falar apenas sobre racismo sem considerar mulheres negras, LGBT, trans… Não tem como abordar racismo sem abordar essas outras vozes que não são ouvidas. Pras mulheres fica ainda mais restrito, porque ganham menos, têm menos espaço na mídia e precisam aproveitar pra manter a carreira delas.Você pode até falar sobre as dificuldades, como é ser mulher, como é ser mãe, quando vai racializar ainda é difícil, porque as pessoas não se posicionam tanto… Essa pluralidade que ainda não é vista… Tá crescendo, mas também na hora de avançar. É um debate que demorou tanto para ser feito, que eu não consigo enxergar após a pandemia como isso vai conseguir ser abafado. Talvez seja um pouco otimista da minha parte, porque são anos e anos abafando o assunto, mas não consigo enxergar as pessoas se calando. É um bom pensamento pro futuro Você não consegue pensar em racismo, sem pensar na mulher negra.
MARCEL TONINI
As pessoas sempre me perguntam se o racismo aumentou [por conta da divulgação dos dados e do aumento de casos registrados pelo Observatório], mas eu entendo que estão é tendo mais visibilidade, inclusive com contribuição da imprensa. Não significa que não existiam casos de racismo. Existiam, mas hoje temos um outro olhar sobre esses dados. Temos de transformar essa ação em vontade coletiva. Por que não manter essa luta constante?
MARCIO CHAGAS
A CBF é oportunista. Em cima de alguns casos, compra e banca uma propaganda midiática, mas não tem um trabalho efetivo de combate. O Marcelo nunca foi abordado pra falar sobre o trabalho que realiza. A CBF não tem interesse em combater. É outra entidade que adota um discurso da meritocracia. Sabe quantos árbitros negros no Brasil tem apitando? O futebol brasileiro adota um discurso de democracia racial e até de alienação. Não colabora quase em nada para a consciência racial. Até me surpreendeu alguns brasileiros que jogam no exterior. Parece que temos de importar o debate. Os jogadores poderiam contribuir de maneira efetiva, não só com faixa e camiseta.
MARCELO CARVALHO
A gente consegue ver uma mudança, mas a maioria das manifestações são peça de marketing. Elas têm uma importância porque mostram quem tem coragem de se manifestar. Num segundo momento, vamos querer que tenham um posicionamento mais contundente. Por isso nasceu a última campanha: “poderia ser eu”. Para que tivessem um posicionamento um pouco mais forte. Nasce com a ideia de falar do genocídio da população negra. Que a cada 23 min morre um negro no Brasil. Isso é subir um pouco o tom.
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