166.3

Existem insultos racistas no futebol profissional colombiano?

Notas iniciais sobre o texto

O racismo é um fenômeno social que atinge todo o mundo, utilizado como forma de manutenção da dominação de classe e exploração da população negra através dos tempos, tem um caráter de desenvolvimento de forma para continuar existindo, por isso sua condição estrutural, como afirma Almeida (2019). Desta maneira, a construção de um mundo em base a colonialidade do poder, onde a cultura do eurocentrismo influenciará diversas sociedades no mundo, Quijano (2005).

A história do que se convencionou chamar de América do Sul é marcada pela invasão por parte dos povos originários da Europa, que estavam em outro momento de desenvolvimento de seu modo de produção, isto não significa serem mais avançados, e posteriormente, uma série de eventos históricos que modificaram a dinâmica do mundo, a citar a escravização da população negra de vários países do continente africano (especificamente), destruição da vida (em toda sua amplitude) das populações que aqui viviam (povos indígenas). Assim, da maneira em que indica Galeano (2010) em todos os países do nosso continente o presente está marcado pelas consequências da invasão do europeu ao nosso território e do mundo.

No processo de escravização desenvolvido na Colômbia, estima-se que ao menos 250 mil pessoas negras foram trazidas para o país e escravizadas, segundo dados do ARQUIVO GERAL DA NAÇÃO (2020). O fim da escravização, via legislação foi anterior ao Brasil, tendo ocorrido em 1851, possibilitando a manutenção da luta pela vida na esfera legislativa, conforme aponta Arruti (2000). Cabe destacar que citamos apenas a esfera legal em relação a este processo, a liberdade dos escravizados na Colômbia é mais complexa e formada por diversas lutas emancipatórias como a Revolta de Palenque (1691), Revolta dos Comuneros (1781) e outras[1].

Na Colômbia, as lutas contra o racismo e suas diversificações ainda são parte da dinâmica social do país. O combate ao racismo estrutural, bem como os vários problemas a ele associados, como o ódio, a violência, a extrema pobreza, as restrições de acesso ao ensino superior e ao trabalho informal, que são feridas sentidas pelas pessoas afrocolombianas, está sendo realizado no âmbito legislativo nacional.

A igualdade racial foi estabelecida como direito fundamental, especificamente, como parte do DIREITO À IGUALDADE das etnias afrocolombianas na Constituição Política Colombiana de 1991, nos artigos 7, 8, 9, 68, 70 e 72. No seu artigo sétimo diz que “O Estado reconhece e protege a diversidade étnica e cultural da nação colombiana” (COLÔMBIA, 1991, art. 7º), também deste valor como princípio básico ou que, posteriormente, forneça as bases para a inclusão de povos indígenas, conforme o regulamento ou decreto 1.953 de 2014. Desta maneira, será necessário que estes direitos estejam presentes nos mais variados ramos da sociedade, inclusive no futebol. Pois, na Colômbia o racismo também se mostra estrutural e estudar sua intersecção com o este esporte em um país tão apaixonado pelo futebol quanto o nosso, se mostra um movimento importante para a luta antirracista em caráter continental e a construção da História das pessoas negras na América do Sul.

O objetivo deste texto é evidenciar alguns exemplos de casos de racismo ocorridos no futebol profissional colombiano na atualidade e a necessidade de combatê-lo de maneira coletiva. A ideia nasceu a partir de uma conversa entre os autores, ocorrida no IV Simpósio internacional – futebol, linguagem, artes, cultura e lazer – III futebol nas Gerais, promovido pelo Grupo de Estudos sobre Futebol e Torcidas – GEFuT realizado na Universidade Federal de Minas Gerais em 2022.

Casos recentes de racismo no futebol colombiano 

Em 2017, foi publicada uma matéria no jornal El Espectador intitulada “Existem insultos racistas no futebol colombiano?[2]”. A matéria argumenta em linhas gerais que o futebol colombiano só teve um caso de racismo de “peso”, citando um evento ocorrido em 2012. A partir desta indagação, decidimos fazer um levantamento sobre casos de racismo no futebol colombiano publicados nos jornais El Espectador[3], Gol[4] e El Tiempo[5], todos em suas versões digitais. Definidos os jornais, utilizamos a metodologia de buscar pelo termo “racismo” dentro da categoria esporte nos filtros existentes nos sites citados, com a finalidade de materializar se a realidade nos permite considerar como verdadeira a afirmativa descrita acima. Assim, selecionamos algumas matérias que apresentamos a seguir, selecionadas por serem as únicas que surgiram após a aplicação da metodologia de busca, ao menos nas datas que as fizemos (durante o mês de fevereiro de 2023).

Tabela 1 – Alguns casos de racismo encontrados após pesquisa

Ano

Jogo

Título da Matéria

Resumo

2022

América de Cali x Deportivo Cali

Germán Mera denuncia atos racistas em partida contra América vs. Cali

Germán Mera denuncia que foi insultado por torcedores do América de Cali, durante o clássico da cidade.[6]

2022

Atlético Bucaramanga x América de Cali

Jogadoras do Bucaramanga denunciam racismo de jogadora do América

Angie Mina e Thalia Araújo afirmam que a jogadora Ingrid Vidal proferiu ofensas racistas durante a partida.[7]

2021

Pasto x Águilas Doradas Rionegro

Racismo no futebol colombiano? Fernando Salazar, no olho do furacão

Um dos proprietários do Águilas Doradas proferiu insultos racistas contra Iván Rivas e foi denunciado pela Acolfutpro (Associação de Jogadores de Futebol da Colômbia)[8]

2019

Junior Barranquilha x Atlético Nacional

Pablo Cepellini: “Cetré tinha mau hálito e por isso fiz o gesto, mas não foi um ato racista”

Jogador Pablo Cepellini faz gesto de mau cheiro contra Edwuin Cetré[9]

2019

Atlético Huila x Independiente Santa Fé

Geovanni Banguera, goleiro do Huila, acusou o presidente do Santa Fé de racismo e tentativa de agressão

Geovanni concedeu entrevista dizendo que “Uma coisa que me chateou hoje, e a verdade me deixa triste, que vem um presidente de futebol e eu tratei um mal, com racismo. A verdade é triste que isso ainda se vê no futebol”[10]

2019

Independiente Santa Fé x Millonarios

Miguel Solís denunciou canções racistas contra ele no clássico Millonarios vs. Santa Fé

O goleiro informou que foi alvo de insultou por parte dos torcedores Millonarios reproduziram canções racistas contra ele.[11]

2018

América de Cali x Águilas Doradas Rionegro

“Nos disseram negros de merda, macacos”: Carlos Bejarano

Goleiro do América de Cali informa que foi chamado de macaco e negro de merda por torcedores do Águilas Doradas Rionegro[12]

Fonte: Elaboração dos autores

Os casos de racismo listados acima demonstram o quanto este fenômeno está presente na sociedade colombiana e materializado no futebol. Ressaltamos que são vários atores do futebol envolvidos: jogadores, jogadoras, torcedores e dirigentes. Percebemos que o racismo é utilizado na tentativa de desestabilização dos adversários que vai, infelizmente, a partir de uma lógica depreciativa indicar uma condição de inferioridade apenas pela cor da pele. Como ocorrido com as jogadoras do Bucaramanga que, segundo seus relatos, após uma disputa de bola, ouviram “Elas não têm nada e depois do fato de ser preta[13]”.

É notório a tentativa de comparar os jogadores negros aos macacos, como forma de igualá-los ao selvagem e animalesco, tirando as respectivas humanidades, sentido nas ofensas proferidas ao goleiro do América de Cali. Ao passo que mexem em uma ferida exposta, estas ofensas apontam para uma condição estrutural do racismo no país, conforme indica Rivas (2020).

As lutas do futebol colombiano contra o racismo estão sendo realizadas em diversas instâncias do esporte. As punições previstas pela Divisão Maior do Futebol Colombiano – DIMAYOR da Federação Colombiana de Futebol – FCF, são exemplos desta ação.  Em seu Código Disciplinar, no artigo 92  aborda sobre os atos discriminatórios (apesar de não ser um artigo exclusivamente de combate ao racismo):

  1. Quem por atos ou palavras humilhar, discriminar ou insultar uma pessoa ou um grupo de pessoas por causa de sua raça, cor de pele, idioma, credo ou origem de uma forma que ameace contra a dignidade humana ficará suspenso de cinco (5) a dez (10) datas. O infrator será proibido de acessar o estádio e será multado em trinta e trinta (30) a cinquenta (50) salários mínimos mensais legais vigentes. Se o autor da falta for funcionário público, o valor da referida multa será de 50 (cinquenta) a 70 (setenta) salários mínimos mensais legais atuais.
  2. Se várias pessoas (dirigentes e/ou jogadores) do mesmo clube ou associação cometerem uma das infrações mencionadas na seção anterior ao mesmo tempo ou outras circunstâncias agravantes, o clube será sancionado com a dedução de 3 (três) pontos aos obtidos no campeonato atual ou no próximo se for o caso do primeiro infração e dedução de 6 (seis) pontos aos obtidos no campeonato atual ou no seguinte se for o caso da reincidência; Se mais infrações forem cometidas, será possível decretar o rebaixamento obrigatório para uma categoria inferior. Nas partidas que não pontuarem, poderá ser decretada a exclusão da equipe da competição.
  3. Se os torcedores de uma equipe cometerem uma das infrações mencionadas neste artigo, o clube afetado será penalizado, sem imputação de qualquer conduta ou omissão culposa, com multa no valor de 20 (vinte) a 40 (quarenta) salários. • mínimos mensais legais atuais.
  4. Os espectadores que cometerem uma das infrações mencionadas no primeiro parágrafo deste artigo serão punidos com a proibição de acesso ao estádio de 2 (dois) a 3 (três) anos.
  5. No caso de infrações graves, podem ser impostas sanções acessórias, como a obrigatoriedade do jogo à porta fechada, a derrota por três golos a zero, a perda dos pontos disputados ou a exclusão da competição (CÓDIGO DISCIPLINAR DA FCF, 2012).

Esta atenção da federação em punir estes casos é necessária e importante, ao passo que envolve a punição da “pessoa física” e dos clubes, os forçando, em certa medida, tomarem atitudes educativas contra os atos racistas. Na esteira destas ações tivemos vários exemplos de campanhas de clubes com esta iniciativa, principalmente nas redes sociais, como a campanha em conjunto de “juntos contra o racismo”, em que alguns clubes do futebol colombiano fizeram ações com caráter de evidenciar a necessidade do combate ao racismo, como a publicação do Deportivo Cali[14].

Os clubes estão utilizando suas redes sociais para amplificar a voz dos movimentos de combate ao racismo, podemos indicar a postagem do Tolima indicando aos torcedores que não fizessem cânticos racistas durante a partida contra o Flamengo válida pela Libertadores de 2022, publicada no perfil oficial do Twitter do clube[15].

Os jogadores e jogadoras estão levantando suas vozes contra o racismo, temos como exemplo o clube Atlético Bucaramanga que cedeu espaço em seu perfil oficial no Instagram para onde algumas jogadoras da equipe fizeram  o seguinte  pronunciamento: “Hoje levantamos nossas vozes contra a discriminação e o racismo, vividos no jogo contra o América de Cali pela jogadora Ingrid Vidal, a bola não mancha e temos orgulho de nossas raízes.” [16] O jogador German Mera usou seu perfil no Instagram para se posicionar contra o racismo que sofrera, textualizando que “Independentemente do resultado, no século XXI não podemos continuar com esses atos de racismo. Sou negro com muito orgulho (isso não é desculpa), mas por favor, mais respeito”.[17]

Finalmente, destacamos a campanha realizada por Cristian Alvarez, um aficionado por futebol, que visita frequentemente o estádio Roberto Melendez Metropolitan Stadium, em Barranquilla, com uma camisa contendo os dizeres “no al racismo” e encontrou apoio em mais de 200 jogadores profissionais e famosos, incluindo Fredy Rincon e até mesmo Messi. Sua ação acaba encontrando uma maneira de auxiliar no processo de geração de autoconfiança e fortalecer o talento de meninos, meninas e jovens afrodescendentes colombianos[18].

Atlético Bucaramanga
Jogadoras do Atlético Bucaramanga denunciam casos de racismo no futebol colombiano. Fonte: reprodução

Considerações sobre a temática apresentada

Acreditamos, ao fazer essa breve pesquisa, que afirmação de que o futebol colombiano está ileso ao racismo é um equívoco, ao passo que a materialidade do presente nos mostra o contrário. O racismo é parte da cultura futebolística do país, ao passo que o futebol é influenciando e influência em uma dinâmica dialética as ideologias existentes na sociedade e no mundo. As ações antirracistas que emanam dos clubes, jogadores, jogadoras e federação, são importantes para construção de um futebol antirracista.

Notas

Notas

[1] ver mais sobre a história da abolição da escravidão na Colômbia em Cueva (2018). Disponível em https://journals.openedition.org/nuevomundo/72382#quotation

[2] Disponível em https://www.elespectador.com/deportes/futbol-colombiano/millonarios/hay-insultos-racistas-en-el-futbol-colombiano-article-719429/

[3]Disponível em https://www.elespectador.com/

[4]Disponível em https://gol.caracoltv.com/ 

[5]Disponível em https://www.eltiempo.com/

[6]Disponível em https://www.eltiempo.com/deportes/futbol-colombiano/german-mera-denuncia-actos-de-racismo-en-america-vs-cali-700174

[7]Disponível em https://www.elespectador.com/deportes/futbol-colombiano/jugadoras-de-bucaramanga-denuncian-racismo-por-parte-de-una-integrante-del-america/

[8]Disponível em https://www.elespectador.com/deportes/futbol-colombiano/otros-equipos/racismo-en-el-futbol-colombiano-fernando-salazar-en-el-ojo-del-huracan-article/

[9]Disponível em https://gol.caracoltv.com/futbol-colombiano/liga/pablo-cepellini-cetre-tenia-mal-aliento-y-por-eso-hice-el-gesto-pero-no-fue-un-acto-racista

[10]Disponível em https://gol.caracoltv.com/futbol-colombiano/liga/geovanni-banguera-arquero-de-huila-acuso-al-presidente-de-santa-fe-de-racismo-e-intento-de-agresion

[11]https://gol.caracoltv.com/futbol-colombiano/liga/miguel-solis-denuncio-cantos-racistas-en-su-contra-en-el-clasico-millonarios-vs-santa-fe

[12]Disponível em https://www.eltiempo.com/deportes/futbol-colombiano/arquero-del-america-carlos-bejarano-denuncio-insultos-racistas-de-hinchas-284064

[13] Disponível em https://www.elespectador.com/deportes/futbol-colombiano/jugadoras-de-bucaramanga-denuncian-racismo-por-parte-de-una-integrante-del-america/

[14] Disponível em https://m.facebook.com/DeportivoCaliOficial/posts/3900935296614413/?locale2=es_LA

[15] Reportagem sobre a publicação pode ser encontrada em https://colunadofla.com/2022/06/tolima-cobra-respeito-de-torcedores-antes-de-jogo-contra-o-flamengo-confira/

[16] Disponível em https://www.instagram.com/bucaramangafem/?utm_source=ig_embed&ig_rid=bfd56e12-a8da-4106-8d2a-3b86a254f708

[17] Disponível em https://www.instagram.com/germanmera11/

[18] Disponível em https://www.radionacional.co/actualidad/deportes/no-al-racismo-el-afro-que-hace-activismo-estadios-colombia

Referências

ALMEIDA, Silvio Luiz de. Racismo estrutural. São Paulo: Feminismos Plurais, Pólen, 2019.

ARRUTI, J. M. A.. Direitos étnicos no Brasil e na Colômbia: notas comparativas sobre hibridização, segmentação e mobilização política de índios e negros. Horizontes Antropológicos, v. 6, n. 14, p. 93–123, nov. 2000.

COLOMBIA. Constitución Política de Colombia de 1991. Bogotá: Imprenta Nacional de Colombia, 1991.

COLOMBIA. Decreto nº 1953 de 2014. Bogotá: Presidencia de la República de Colombia, 2014.

FEDERACIÓN COLOMBIANA DE FÚTBOL. Código Disciplinar Único da FEDERACIÓN COLOMBIANA DE FÚTBOL. Bogotá, 2023.

Galeano, Eduardo. Veias abertas da América Latina. 34ª ed. Porto Alegre: L&PM, 2010.

LA ESCLAVITUD EN COLOMBIA: YUGO Y LIBERTAD. In: EXPOSICIÓN LA ESCLAVITUD EN COLOMBIA. LA ESCLAVITUD EN COLOMBIA: YUGO Y LIBERTAD. Colombia, 2020. Disponível em: https://www.archivogeneral.gov.co/exposicion_esclavitud_colombia#:~:text=Por%20otra%20parte%2C%20los%20esclavos,y%20un%20contratista%20o%20asentista. Acesso em: 23 fev. 2023.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 227-278.

RIVAS, Yuri Alexander Romaña. El racismo en la cotidianidad: una manifestación del racismo estructural en Colombia. UNA Rev. Derecho (En línea), [s. l.], n. 5, ed. 1, p. 12-62, 2020. Disponível em: https://una.uniandes.edu.co/images/Volumen5/20202—1.RomaaRivas.pdf. Acesso em: 26 fev. 2023.

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Danilo da Silva Ramos

Secretário do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer - PPGIEL da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional - EEFFTO da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG desde 2017 e mestrando deste mesmo programa (turma 2020). Concluiu o ensino médio no Colégio Estadual Américo Pimenta (2006). Possui graduação em Licenciatura em História pelo Centro Universitário Geraldo di Biase - UGB (2011), Membro dos Grupos de Pesquisa: História do Lazer (HISLA), Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gênero, Raça/Etnia e Sexualidade (NEPGRES) e Grupo de Estudos sobre Futebol e Torcidas (GEFuT).

Hernan Tovar

Profesor de planta de la Universidad del Tolima. Integrante del Grupo de Investigación Ocio, Cultura Física y Salud (OCUFYS). Director del Semillero de Investigación en Ocio, Recreación y Tiempo Libre (SIORYTL). Licenciado en Educación Física, Recreación y Deportes de la Universidad del Tolima, Colombia. Especialista en Actividad Física de la Escuela Nacional del Deporte. Magister en Ciencias de la Actividad Física y el Deporte de la Universidad de Pamplona, Colombia. Doctor en Ocio y Desarrollo Humano de la Universidad de Deusto, España. Autor y coordinador del Libro Una mirada a la Recreación y al Ocio en los Programas Universitarios Colombianos (2019). Autor del libro Aptitud Física para Músicos. Afinando su instrumento corporal (2011) y, Ocio y salud para Músicos (2018). De un artículo en el apartado II del libro el legado de la crisis: Hábitos de ocio en el tiempo libre de adultos músicos, en la ciudad de Ibagué, Colombia (2015) y de varios artículos en revistas científicas.

Como citar

RAMOS, Danilo da Silva; TORRES, Hernan Gilberto Tovar. Existem insultos racistas no futebol profissional colombiano?. Ludopédio, São Paulo, v. 166, n. 3, 2023.
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