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Fútbol Argentino (V): grandes canchas, grandes clubes e grandes rivalidades

Fabio Perina 25 de agosto de 2020

Se a rivalidade mais conhecida do futebol argentino é sem dúvida o Superclásico entre Boca Juniors (Xeneize/La Bombonera) e River Plate (Millonario/Monumental de Núñez). Como já dispõe de farto material para consulta, o objetivo agora desta crônica é um breve levantamento de outras rivalidades de destaque em Buenos Aires e ao longo do restante do país. Dando destaque ao nome do clube seguido em parênteses de apelido e estádio próprio. A maioria das informações foi obtida no site “Futebol Portenho”.

Superclásico: gol do Boca contra o River. El Gráfico, 6 jul. 1965. Foto: Wikipedia.

Começo pelo litoral, no balneário de Mar de Plata. O estádio José Maria Minella é dividido por Aldosivi e Alvarado. Há uma história impressionante, a qual só pude conhecer pela revista Um Caño, de grandes incidentes entre os anos 89 e 97. Porém, o que ganhou a justa alcunha de “el clásico prohibido” não pode mais se jogar, pois dirigentes e autoridades precisam manejar tabelas para evitar esse reencontro! Desde então, passou a ter o dobro de tempo interditado do que jogado. Nessa cancha, o Brasil jogou a primeira fase da Copa de 78, e ao longo dos anos 90 e 2000 sua principal ocupação foi como sede neutra de “torneos de verano” entre os clubes grandes.

Após longa viagem, ainda na província de Buenos Aires, o próximo destino é La Plata. A cidade das diagonais, do estádio Único e terra da rivalidade mais desigual do país: Estudiantes (Pincha/Luis Hirshi) e Gimnasia y Esgrima (Lobo/Bosque). De um lado, o Estudiantes com vários títulos nacionais e, principalmente, quatro Libertadores forjadas com a dinastia Verón: três com o pai em 68/69/70 e uma com o filho em 2009. A mística copera daquele tri também teve como protagonistas o treinador Zubeldia e o volante Bilardo. Equipe que ganhou o apelido de “pincha” justamente pelo folclore que entravam em campo e espetavam os adversários com alfinetes como uma das várias táticas de antijogo que tanto se associou ao Estudiantes.

Na fila desde 83, e passando maus bocados em confrontos diretos com o rival, o retorno do veterano Verón em 2006, após brilhar na Europa, foi triunfal: voltaram a ser campeões com uma virada sobre o Boca em partida desempate na cancha do Vélez. E no mesmo torneio que ganharam do rival por 7 a 0! E o melhor estava por vir, reconquistar a Libertadores em 2009, após outra grande virada sobre o Cruzeiro, no Mineirão. Apenas cinco meses após se aposentar, Verón foi eleito presidente em 2014 e nos últimos meses entregou o estádio com nova reforma. Já do outro lado da cidade, está o mais popular Gimnasia, porém condenado a ver bem de perto as glórias do rival sem nenhuma própria para comemorar. A péssima campanha inicial na temporada 2019/2020 levou a um caso inusitado: uma aposta de risco ao contratar como treinador Diego Maradona.

A pouca distancia de La Plata, a etapa seguinte é no Sul da Grande Buenos Aires. Com a rivalidade entre o Lanús (Granate/La Fortaleza), campeão em 2007, e o Banfield (Taladro/Florencio Sola), campeão de 2009 – curiosamente ambos os clubes ergueram a taça na Bombonera. Vale mencionar uma conjuntura muito específica nessa virada de década 2000 a 2010, pois foi quando a crise esportiva e financeira dos grandes abriu oportunidades às conquistas dos médios e pequenos. Mais recente, o Lanus embalou mais conquistas: campeão da Sul-Americana 2013 contra a Ponte Preta, campeão nacional de Transición em 2016 contra o San Lorenzo e vice da Libertadores 2017 com o Grêmio. É o clássico que mais se destaca em uma ampla região com vários outros clubes: Defensa y Justicia (um surpreendente vice-campeonato recente), Los Andes, Temperley, Quilmes e Arsenal de Sarandí (já campeão da Sul-Americana de 2007 e do Clausura em 2012).

El clásico de Avellaneda em 1968. Foto: Wikipedia.

Ainda ao Sul da área metropolitana, está Avellaneda, uma cidade industrial (centro do sindicalismo que pode ser comparado ao ABC paulista) com dois gigantes: Racing (Academia/Cilindro) e Independiente (Rojo/Libertadores de América). Dois estádios separados por poucos metros. Inclusive, a menor cidade do mundo a ter dois clubes campeões mundiais. Antes mesmo do tri do Estudiantes, o Independiente pode se orgulhar de ser o primeiro argentino a vencer a Libertadores (64/65), porém perdendo nas duas vezes para a Inter de Milão na Copa Intercontinental. Já o Racing por sua vez pode se orgulhar de ser o primeiro argentino a vencer a Copa Intercontinental (67) após uma final agônica contra o Celtic, da Escócia, em um terceiro jogo em Montevidéu.

Na década seguinte, o Independiente ainda conheceu um novo auge com um inédito tetra da Libertadores (72/73/74/75) e marcado por várias goleadas ao rival no período. Nessa época que começou a ser forjado o caminho do maior ídolo e vencedor de títulos pelo clube: Ricardo Bochini (nada menos do que o ídolo de Maradona quando jovem e até se encontraram no plantel da Copa 86). A sétima e última Libertadores, em 84, não chegou a ser mais comemorada que o título argentino de 83, pois teve o sabor único para o “Rey de Copas” diante da vitória sobre o já rebaixado Racing. Desde então, houve títulos de Supercopa como um consolo continental para ambos os lados e títulos argentinos menos frequentes. Mesmo sem novas Libertadores, o Independiente retomou a contagem de taças ao “Rey de Copas” ao vencer Goiás e Flamengo em Sul-Americanas de 2010 e 2017. Demorou, mas a sofrida torcida racinguista somente conseguiu sacar la mufa ao sair de sua fila de títulos nacionais em fins de 2001 justamente após a recente quebra financeira do início de 99. E somente em 2013 se vingou do rival quanto a poder comemorar um rebaixamento, exatamente três décadas depois do próprio.

De Avellaneda, basta cruzar a Puente Pueyrrédon para chegar à Capital Federal pelo bairro de La Boca. Mas agora nosso próximo destaque é o clássico da Zona Sul também não muito distante dali: San Lorenzo (Cuervo ou Ciclón/Nuevo Gasómetro) e Huracán (Globo ou Quemero/Thomas Ducó). Clubes fundados no mesmo ano, em 1908, porém que se enfrentam pela primeira vez apenas 1915, o que por um capricho fez com que o centenário do clássico em 2015 fosse com ambos juntos na Libertadores pela primeira vez. Considerado o clássico mais barrial pelas frequentes disputas de roubos de trapos entre barras e hinchas e a importância simbólica de clubes vizinhos que disputavam os arredores de Boedo e Parque Patricios. O San Lorenzo vive o cenário mais itinerante do futebol argentino, pois foi fundado no bairro de Almagro (o mesmo de outro clube chamado Almagro com camisa similar à do Grêmio), se instalou e fixou raízes no bairro Boedo e no estádio Gasómetro. Chamado de ‘Wembley argentino’, pois até antes da reforma do Monumental para a Copa 78 foi o maior do país.

Porém, o alinhamento com movimentos peronistas levou a uma perseguição política pela ditadura militar que em 79 confiscou seu estádio para instalar o primeiro supermercado Carrefour no país. Rapidamente, a decadência esportiva foi sentida ao ter que mudar de campo em campo com o rebaixamento em 82. Somente em 93 que se fixaram em bairro novo: construíram o estádio Nuevo Gasómetro no periférico Bajo Flores. Os novos ares deram sorte, inclusive com apenas uma derrota lá para o rival em mais de duas décadas, e principalmente com o fim da fila conquistado em 95. Desde então, o San Lorenzo encontrou um número cabalístico que o perseguiu ao ser campeão nacional a cada seis anos: 95 (inclusive ganhando um clássico por 5 a 0), 2001, 2007 e 2013. (Porém, em 2019 falhou). Ao longo dos anos 2010, se somou a consagração esportiva de finalmente conquistar a Libertadores 2014 (após alguns ensaios com os títulos da Mercosul 2001 e da Sul-Americana 2002) e, sobretudo, a consagração da força de seus sócios e hinchas pois as várias passeatas pelo centro de Buenos Aires ajudaram a dar clamor popular a uma nova lei de restituição de prédios históricos que permitiu aprovar em breve a definitiva volta ao bairro de Boedo!

Hinchada do San Lorenzo em um clássico contra o Huracán em 2014. Foto: Wikipedia.

A passagem da Zona Sul para a Zona Oeste exige apresentar a discussão histórica entre quem são os considerados clubes grandes. Há consenso sobre: Boca Juniors, River Plate, Independiente, Racing e San Lorenzo. Durante muito tempo o Huracán foi considerado o 6º grande da capital e, por consequência, de todo o país. Mesmo sem lhe sobrar títulos, havia uma aura sobre o clube pelo bairro boêmio e pela associação ao jogo bonito, desde os tempos do amadorismo com sua maioria de títulos e principalmente pela grande equipe de 73. Podia ainda argumentar a seu favor até o final dos anos 80 que nunca havia sido rebaixado, ao contrário de San Lorenzo e Racing no início da década.

Porém, a narrativa começou a mudar quando a partir de então o Huracán acumulou vários rebaixamentos e vários anos sem subir. Enquanto por outro lado o Vélez Sarsfield conquistou vários títulos nacionais nos anos 90 e 2000 e principalmente a Libertadores e o Mundial de 94 com o goleiro Chilavert e o treinador Bianchi. Quis um capricho do destino que, em 2009, fosse possível um tira-teima de quem seria o 6º grande em definitivo. Vitória do Velez por 1 a 0 a poucos minutos do fim com um dos gols mais polêmicos em uma das partidas com mais lances polêmicos que já houve. Algum consolo veio depois ao Huracán em 2014 com o título da Copa Argentina e um vice da Sul-Americana no ano seguinte.

Ficando restrito apenas à Zona Oeste, o rival histórico do Vélez (Fortín/José Amalfitani) do bairro Liniers é o Ferro Carril Oeste (Verdolaga/Ricardo Etcheverri) do bairro Caballito. O Ferro viveu seu auge na metade dos anos 80 com dois títulos nacionais assim como outro vizinho. O Argentinos Juniors (Bicho/Diego Armando Maradona) do bairro La Paternal e que tem o atual presidente do país, Alberto Fernandez, como seu torcedor mais ilustre. Estádio que recebe obviamente esse nome por ser onde Maradona se profissionalizou no final dos anos 70. Fazendo o clube se orgulhar de ser o semillero de craques do mundo diante de vários outros que vieram depois como Riquelme, Redondo, Cambiasso e Sorín. Mesmo sem títulos, o maior feito de Maradona no clube foi vencer o Boca na Bombonera com quatro gols em um 5 a 3 em 80. A maior glória do clube foi ganhar a Libertadores em 85, um feito gigante para uma equipe de bairro, e ainda na Copa Intercontinental somente foi perder para a Juventus de Platini nos pênaltis. Cláudio “Bichi” Borghi, herói daquela conquista como jogador deu outra glória recente como treinador ao fazer o clube voltar a ser campeão em 2010. Mesmo com uma rivalidade considerável entre os citados clubes da zona, o rival histórico do Argentinos que falta uma menção é o All Boys (Albo/Malvinas Argentinas) do bairro vizinho de Floresta.

Já na Zona Extremo Oeste, um dos clássicos de mais destaque é entre Nueva Chicago e Almirante Brown, de bairros próximos Mataderos e La Matanza, que levam esses nomes pela concentração de frigoríficos. Certamente, o clássico mais quente do Ascenso com todos os tipos de confusões e provocações. Antes de sair da província e dar o devido valor aos clubes do interior, também há uma menção aos clássicos da Zona Norte que também são mais frequentes nas outras divisões inferiores. Se o River Plate possui como vizinhos próximos o Defensores e Excursionistas, ambos do bairro Belgrano. Enquanto seus vizinhos não tão próximos com as seguintes rivalidades são: Chacarita x Atlanta e Platense x Tigre. Esse último é mais conhecido dos brasileiros pelos confrontos contra o Palmeiras duas vezes em fase de grupos da Libertadores e uma final de Sul-Americana com o São Paulo.

Algumas considerações sobre a organização histórica do futebol. Como se percebe, por Buenos Aires concentrar muito mais recursos econômicos, políticos e culturais que outras cidades também é intensamente futbolera em cada costado. A discussão do federalismo no futebol argentino exige uma menção histórica sobre os formatos de disputas dos torneios por conta delas refletirem disputas políticas e econômicas entre as regiões e, principalmente, a desorganização da AFA. Entre 1931 e 1966, houve os torneios profissionais, porém com atuação apenas dos clubes bonaerenses. Entre 1967 e 1985, vigorou um sistema misto parecido com o que se vê durante décadas no Brasil entre um torneio nacional e os estaduais. Na Argentina, havia simultaneamente um torneio Metropolitano (para Buenos Aires e simultâneo a outros de províncias) e outro Nacional, com ambos tendo validade nacional. Ao contrário do Brasil, os torneios de províncias hoje ficaram restritos ao amadorismo para instalar entre os clubes profissionais os torneios longos, o que durou apenas um curto período entre 1986 e 1991.A confusão ficou maior com a existência nesse período de torneios Liguilla para preencher calendário e valendo vaga na Libertadores.

Até que, de 1991 a 2012, o futebol argentino atingiu o seu formato mais peculiar e inclusive influenciando outros países sul-americanos a também aderirem a um torneio curto (semestral): Apertura e Clausura. Desde 2012, as mudanças de formatos foram ainda mais frequentes com diversos nomes: Inicial e Final, Transición e finalmente Superliga (por um breve período de gestão própria desvinculada da AFA). Com tantas mudanças, o que houve de regular nessa última década foi a Copa Argentina com partidas eliminatórias em campo neutro para difundir mais partidas ao longo de canchas recém reformadas pelo país. Tendo as sedes das finais mais frequentes em Córdoba e Mendoza. Felizmente, a maioria das partidas da Copa Argentina contou com duas hinchadas presentes, enquanto o Ascenso instituiu a proibição aos visitantes em 2007 e a Primera em 2013.

Clásico rosarino: partida da década de 1940, quando os futebolistas de ambos os clubes posaram juntos antes do jogo. Foto Wikipedia.

Voltando a nosso “recorrido”, vizinha da província de Buenos Aires ao Norte, está a província de Santa Fé, com capital de mesmo nome, porém com a maior cidade Rosário dividida entre Rosário Central (Canalla/Arroyito) e Newell’s Old Boys(Lepra/Marcelo Bielsa). As equipes da cidade da bandeira nacional dividem como curiosidade, além dos apelidos iniciados por insultos mútuos, um dado único que desde 84 não ocorre um jogador que jogasse pelos dois clubes! Em 74, o lado rojinegro comemorou o título em cima do lado auriazul. Em 87, veio o troco. O NOB se orgulha de ter mais títulos nacionais (com a frequência de pelo menos um por década), dois vices de Libertadores (88 e 92) e até por ter tido Maradona e Messi, mesmo que um veterano e outro juvenil.

O Central esteve em larga decadência desde o último titulo em 95 (a alternativa Copa Conmebol serve para confrontar a ausência de copas internacionais do rival), sendo que desde 87 não comemorava um título nacional. Uma decadência passando por vários anos no Ascenso no início dos anos 2010. Mesmo com uma boa campanha na Libertadores 2016, eliminado nas quartas nos minutos finais para o Atlético Nacional que depois seria o campeão, o azar insistia em reaparecer em três vices seguidos na Copa Argentina para Huracán, Boca e River. Até que finalmente em 2018 nessa mesma Copa Argentina eliminou o rival nas quartas (confirmou um tabu de vários anos) e, finalmente, na final superou o não menos sofrido Gimnasia La Plata nos pênaltis. Por ser uma cidade grande, Rosário ainda possui clubes de menor destaque como Central Córdoba e Tiro Federal.

Ainda na mesma província, a cidade de Santa Fé é dividida por Unión (Tatengue/15 de Abril) e Colón (Sabalero/Brigadier Stanislao Lopez). Com o retrospectivo geral mais equilibrado de todo o país em todos os clássicos, um vice nacional para cada lado, a disputa direta mais importante que se envolveram foi por um acesso em 89 no torneo reducido com triunfo do Unión. Sendo ambos um pesadelo do Atlético-MG com duas eliminações recentes em poucos meses de diferença na Copa Sul-Americana. A cancha do Colón ainda possui a mística de ser chamada de Cementerio de Elefantes por ter derrotado nos anos 60 equipes místicas de Santos e Peñarol em seu auge cada.

Seguindo pelo interior até Córdoba, se encontra no centro geográfico do país (e também centro histórico do movimento estudantil) outra grande cidade e outra grande rivalidade: Talleres (la T) e Belgrano (Pirata). Sendo clubes antigos, somam o maior número de clássicos jogados em todo o país, com a maioria por torneios de província e amistosos do que por torneios da AFA. O lado azul marinho tem a seu favor o título internacional da Copa Conmebol 99, inclusive com o treinador Ricardo Gareca, e tendo superado o rival em uma disputa por acesso no ano anterior. O lado azul celeste tem a seu favor a maior invencibilidade em todos os clássicos argentinos com 26 partidas de tabu em cerca de 15 anos. Em 2017, eles se reencontraram na Primera após longo período, com estádio reformado e rebatizado (de Chateau Carreras para Mario Kempes), porém infelizmente marcado por um caso histórico de violência com o torcedor Emanuel Balbo morrendo após ser empurrado da arquibancada ao ser confundido com um torcedor visitante infiltrado. Por ser uma cidade grande ainda há outros clubes como Instituto (que revelou Mario Kempes) e Racing de Córdoba (que rebaixou o Racing de Avellaneda).

Aliás, conforme se entra no interior, é mais comum que os clubes não disponham de um estádio próprio grande o suficiente para partidas importantes e precisem jogar em estádios públicos. Assim, como quanto mais ao interior, mais avança a dupla militância para cada torcedor: um clube local e um clube nacional. É o caso também da principal rivalidade do Norte andino: San Martin e Atletico Tucumán, dividindo o estádio Monumental José Fierro. O primeiro teve como maior façanha fazer seis gols no Boca em plena Bombonera. Este último, com algumas participações recentes em Libertadores, é conhecido como Decano por ser o primeiro a usar uniforme com as cores da bandeira argentina até hoje.

Por fim, não pode ficar de fora alguma menção a uma das canchas mais importantes: o Malvinas Argentinas de Mendoza. Com um futebol local com pouco destaque para o Godoy Cruz, com várias participações recentes na Libertadores. Que tem como rivais mais modestos o Huracán Las Heras e o Independiente de Mendoza, além do San Martin da província vizinha de San Juan. A cidade dos vinhos com esse estádio termina o “recorrido” com as mesmas coincidências de Mar del Plata de ser sede da Copa 78 e de Superclásicos em Torneos de Verano entre os anos 90 e 2000. E assim como Córdoba tem sido importante sede recente de Copa Argentina.

Assim, encerro por enquanto esta sequência com destaque ao futebol argentino local. Podem notar que mencionei muito pouco a seleção. Pois ficou guardado para 2021 o desafio supremo de Messi em levar a seleção a se reencontrar em uma Copa América com um título dos adultos (houve os ouros olímpicos de 2004 e 2008) após quase três décadas!


** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Ludopédio.
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Fabio Perina

Palmeirense. Graduado em Ciências Sociais e Educação Física. Ambas pela Unicamp. Nunca admiti ouvir que o futebol "é apenas um jogo sem importância". Sou contra pontos corridos, torcida única e árbitro de vídeo.

Como citar

PERINA, Fabio. Fútbol Argentino (V): grandes canchas, grandes clubes e grandes rivalidades. Ludopédio, São Paulo, v. 134, n. 56, 2020.
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