Pela primeira vez no ano, o Corinthians vive uma fase decente, em que o torcedor pode ficar um pouco mais tranquilo em frente à TV sem ter a certeza de que passará raiva, dormirá estressado e vai ter que acordar com alguma piada dita pelo Profexô em alguma de suas cômicas entrevistas coletivas.
Competindo bem na Copa Sul-americana (Quartas de Final) e Copa do Brasil (Semifinal), e nadando contra o fundo do mar no Brasileiro, a equipe coleciona, pasmem, 11 jogos sem perder. algo que eu sinceramente achei que fosse improvável de acontecer com um elenco envelhecido e dependente de Sir Renato Augusto, que ainda desfila e se lesiona como poucos nos estádios brasileiros, e de Roger Guedes que estava vivendo um ano de Midas (todo chute virava ouro).
Tal melhora tem relação direta com o surgimento e, talvez, descobrimento de novos e bons valores que oxigenam a equipe, fazendo-a competir mais durante um maior período de tempo, além da melhora de jogadores chave que andavam sem confiança alguma para executarem suas funções. O surgimento do Murilo, Moscardo, Ruan Oliveira e Wesley (esse mais agora ao final da boa fase) e a melhora significativa no jogo do Maycon, Fagner (inconstante ainda), Cássio e até do Yuri Alberto são os marcos definitivos da ascensão da equipe na temporada.
Entretanto, quem assiste os jogos do Corinthians, regularmente e racionalmente, ainda tem arrepios na espinha de ver o tanto de oportunidades de gol que a equipe proporciona para os adversários e mesmo tendo melhorado significativamente no momento ofensivo, ainda é uma equipe com severas debilidades no momento defensivo que podem a qualquer momento acabar com essa boa fase. Além disso, há o fato de que a cada minuto com Renato em campo sabemos que ele pode se lesionar e com isso arrebentar o que fazemos no momento ofensivo e há também a saída do Roger Guedes (que foi realizar o sonho de atingir seu primeiro bilhão no Catar, e está corretíssimo) e que fez com a responsabilidade de outros jogadores começarem a fazer gols aumente bastante.
Essa saída, inclusive, será muito sentida, mas também poderá trazer um boom de coletividade que o Calvo limitava na equipe. Por ser um jogador egoísta e centralizador (porém muito bom) o mais novo quase bilionário do mundo fazia com que a equipe se voltasse para si, tanto na criação de oportunidades, quanto na preguiça que o mesmo tinha para marcar e ajudar os companheiros.
Não sabemos até quando essa boa fase vai continuar (sabemos que é um elefante na árvore, mas torcemos para que a árvore seja o Buloke Australiano pelo menos), mas eu gostaria muito de chegar pelo menos aos 12 jogos de invencibilidade que nos proporcionará a segunda final de Copa do Brasil seguida. Seguimos sofrendo e na torcida.