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#12: Doze Futebol e Peleja

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Perguntas

 

O que significa procurar entender a audiência, pensando basicamente o YouTube?

PELEJA

“A gente busca Netflix, Amazon, Dazn.”

Do nosso caso são audiências diferentes. No IGTV, a audiência é diferente. Tem gente que só consome a gente no Instagram. No Facebook, por ex., eu vejo que a galera é mais descontraída. No YouTube, o público está mais preparado para receber outras coisas. No YouTube são quase 500 mil pessoas inscritas. No Face, são 450 mil.

DOZE

“Com a gente acontece a mesma coisa”

O que a gente tentou fazer foi postar numa rede e colocar o link na outra.

A gente pensa muito em expandir, não ficar restrito ao YouTube. No Twitter, a gente faz threads. A gente usa Stories.

A gente percebeu um pouco essa zoação, mais no Face.

Em Campinas, tem uma galera bastante mobilizada por conta do dérbi.

Como é lidar com paixão clubística? Com torcedores que não sabem lidar com brincadeiras ou críticas?

DOZE

A gente não tem muito problema com isso. Não tem muita agressividade.  Pra gente, sempre foi tranquilo.

Tivemos problemas pessoais. Por ex.: no Chile. A torcida da La U e a do Colo Colo não queriam se ver juntas, no mesmo vídeo.

No nosso Twitter ou Face, nunca chegou a isso.

Isso que ele falou é verdade.

Quando a gente foi ao Chile, teve uma manifestação contra o Bolsonaro lá.

Os torcedores não querem que os rostos sejam mostrados. É bem difícil lidar com isso.

O que a gente vê aqui no Rio, a gente fez um vídeo sobre o primeiro jogo após o acidente no Ninho do Urubu. Tinha torcedor do Fluminense com a camisa do Flamengo. A gente tenta passar no vídeo com uma maneira “tranquila” de lidar com a rivalidade. A gente não tenta jogar gasolina nisso.

PELEJA

A gente fez vídeos fora do eixo.

A gente fala de rivalidades locais, específicas, construindo uma base plural, entendendo as rivalidades de cada região.

Falando de um clube que tem um grande rival, acaba falando do outro, e vice-versa. Por isso o cuidado ao abordar as duas histórias. Se fala de um clube, não pode demorar tanto tempo para falar do outro.

Como a gente gosta de confusão, estamos fazendo uma série sobre as rivalidades no Brasil, para saber qual é a maior. A gente, antes da pandemia, estava em Porto Alegre para falar do Gre-Nal.

Você está falando de produção.

Quando você vai fazer vídeo de rivalidades, você tem de dizer a verdade. Vamos retratar os dois lados. Ninguém quer estar por fora do vídeo. “Deixa eu mostrar bem a minha torcida”

Vocês falaram da audiência. Tem marcadores (10 min). Produz vídeos maiores, menores, documentário?

DOZE

Pra gente, nunca tivemos foco de tamanho de vídeo. A gente trata cada vídeo com o olhar. Certas histórias demoram mais para ser contadas do que outras. A gente quer contar de maneira fluida, segundo a narrativa de cada vídeo. Temos vídeos de 3 min, 10 min e a do Simas tem quase uma hora de vídeo. Apesar disso este vídeo do Simas é um dos mais visualizados. Sobre o dérbi campineiro, a mesma coisa. Pensando em nossa linha editorial, a gente deixa a história se contar por meio dela. A gente esquece o que é melhor para o YouTube.

PELEJA

A gente começou assim, mas hoje a gente tenta entender a lógica de cada plataforma. A maioria das pessoas não chega à metade de nossos vídeos.

Um vídeo maior, documentário, é mais caro de fazer, requer mais viagens. Temos de lançar 5 vídeos semanais, de futebol e basquete.

A gente tem uma equipe na produção. Como a gente está conseguindo ganhar uma grana, a gente tem chamado gente que entende e as coisas estão melhorando.

A gente tem o Ponto a Ponto, um programa que surgiu na pandemia.

Esse momento é muito atípico. Vocês estão conseguindo acessar outros nichos. Vocês discutiram sobre linguagens? Como driblar limites?

PELEJA

A gente não faz só conteúdo político. A gente entende que não tem como falar de futebol sem falar de política.

A gente sempre se preocupa em ser responsável com o que a gente produz. E tem crianças que veem esses vídeos.

São raros os canais do YouTube que o público é acima de 30 anos. Você vê molecada de 16 anos que ama nosso canal.

Tem um monte de gente que diz: Vocês estão ferrando com o meu estudo.

A gente tem experimentado algumas coisas. Temos um programa de animação para ser lançado.

É olhar para formatos, referências.

O comentário é parte da produção. A gente consegue fixar um comentário nosso. Tem muitos comentários. Teve caso que a gente teve de intervir, gente espalhando mentiras. Os comentários são responsabilidade nossa também. Ninguém pode sair com uma fake news que saiu dali.

A gente era um canal menor. Nos últimos dois anos, um ano e meio, a gente cresceu.

Tem gente que corrige a gente, com dados corretos. O erro faz parte. Quando a gente chamou uma equipe é para minimizar isso.

DOZE

Não vou dizer que não rolou mugidos nos comentários… A gente tirou um comentário de um vídeo nosso certa vez. N não se posiciona. A gente põe visão de pessoas que passaram por aquilo que estamos abordando.

Quem vê o Doze sabe nossa linha política.

Como a gente não se expõe, a gente se protege mais. Isso ajuda um pouco. Já teve, mas é raro também.

O que a gente tem de mais agressivo foi de torcedores rivais se zoarem.

O que vocês acham das franquias da Red Bull espalhadas pelo mundo? Ex. futebol moderno.

DOZE

Pensando na linha editorial do DOZE, a gente tentaria pensar o que é o torcedor do Red Bull, a partir da fala deles. Esse é um debate muito presente e a gente tem que pensar bem. Tem de entender a lei sobre futebol empresa. No main stream, vi que exaltam demais. Mas existem diversos exemplos que isso deu errado. A ideia no Doze traria a discussão à tona para discutir com pessoas, como o Irlan. Tem de tentar ver com quem entende.

Em determinados momentos, a gente quer falar, trazer à tona questões que torcedores não abordam. Não estar exposto, dá uma sensação de que a gente está mais protegido, principalmente questões políticas.

A nossa voz, na edição ou no roteiro, sempre deixa presente nossa posição.

PELEJA

Sempre entendi o Doze assim. Por vocês não aparecerem no vídeo.

Somos dois sócios. Nem sempre temos posições idênticas, políticas. O Pacheco e eu temos questões que acreditamos. A linha editorial do Peleja não é a visão do Murilo ou do Pacheco.

Sobre a polêmica do Caio, ele pedir para alguém falar menos me soa ingênuo. O entorno dele é político. O horário do jogo é política. Não é tudo pelo futebol. Se fosse por isso, talvez não teria jogos às 10h da noite. A escala para um jogo é política. O Cléber Machado fazer chamada de vídeo cassetadas é política. Não estou dizendo que é certo ou errado. A transmissão é política. Tem coisas muito mais políticas do que isso. Tudo é política.

Sobre o Red Bull. Fizemos um Fora do Eixo sobre os clubes Red Bull no mundo. Fizemos um vídeo mostrando a situação, tentamos incentivar um debate sobre isso.

Eu acho que tem que ser respeitado o torcedor. Você acha que funcionaria isso com a Ponte ou o Guarani? Eu acho que não funcionaria.

Eu tento não ser a favor de mudar um clube. Esse lance do futebol moderno é perigoso para mim. Sou contra esse futebol das marcas, mas ao mesmo tempo me pergunto: quando ele não foi das marcas? Tem muita gente dos anos 90 que é nostálgica, mas o que foi aquilo? Futebol era político, fazia grana. Futebol moderno é um pouco do que estamos fazendo aqui, discutindo produção de futebol durante uma pandemia. Não posso ser contra o futebol moderno. Isso tudo é futebol moderno. Tem coisas do futebol moderno que eu odeio. As páginas que odeiam futebol moderno enaltecem aquilo que também gosto.

O futebol é um produto moderno, das fábricas.

PELEJA

Tivemos uma CPI para discutir futebol. Quando os políticos não discutiram futebol?

Produções independentes e outras nem tanto. Uma coisa é ver uma produção no YouTube e outra na televisão. Quais tem sido as influÊncias de vocÊs

DOZE

Cinema e futebol vai virar conteúdo para gente. Por que fazer um filme sobre futebol? Hoje a gente vê um boom muito grande de séries, a Amazon, a NetFlix. O Cinefoot fez com que a gente conhecesse o trabalho de outras pessoas. Quando a gente fala de filme de futebol, a gente fala de outras questões.

Nessa questão de referência, a gente precisa olhar para fora, fora da nossa caixinha, temos de expandir um pouco.

PELEJA

Eu concordo.

A gente tem de ficar atento com coisas que estão rolando, com coisas que surgem pequenas, mas logo tem muitos seguidores. O Ponta de Lança é um exemplo.

O PELEJA bebe de projetos independentes muito menores do que a gente.

Com as redes sociais, com as ferramentas, com acesso a equipamentos, o acesso a consumir conteúdos.

O que seria as redes sociais com Túlio Maravilha, Romário… Não sou a favor de muitas coisas. As coisas mudaram com o tempo.

Resgatar um ponto da Lu Castro. Que lugar que o futebol feminino acaba ocupando na produção de vocês?

PELEJA

Durante o mundial do ano passado, algumas coisas mudaram. A gente quer muito falar disso. Temos o radar Peleja, um programa que talvez tenha mais acesso por semana. Queremos fazer um programa só com mulheres, da produção, roteiro e apresentação. Acho que tem que ser elas a fazer isso. Estamos nos movimentando a fazer isso.

O que eu acho importante pra isso? Colocar quem entende para falar. Tem muitos perfis legais para isso. A Dibradoras, a gente segue a Olga, a Fernanda Lima (que cuida das nossas redes sociais) tem um trabalho de pesquisa incrível. Ela nos ajuda a abrir nossos olhos para essa questão.

DOZE

No primeiro vídeo que editamos, falamos das dificuldades de torcedoras em jogos de futebol masculino, no caso. A gente pensou em fazer uma cobertura do Brasileirão feminino. Tem uma história da Dinagram, da década de 30, muito boa. A gente tem que dar voz a quem produz esses conteúdos. Pra elas poderem expressar a voz delas, pra não ser a gente, quatro homens, fazendo isso.

Parte do conteúdo dá para fazer dentro de casa. Como é que se pensa para fora do YouTube? Vocês dominam o conteúdo ou a plataforma? Como pensar um conteúdo dinâmico?

PELEJA

A gente estava com uma questão dessa até pouco tempo. O Peleja vai ser muito maior do que o YouTube. Por isso estamos fazendo um canal de NFL, NBA. Você se basear em conteúdo só usando esse algoritmo é muito perigoso. A gente tem 5 vídeos por semana em nossos canais. A audiência é importante para nossa monetização, mas ficar refém disso é perigoso.

O Peleja está no Facebook, com vídeos com mais de 1 mi de visualizações. Tem gente usando, vendo vídeo, consumindo.

O Facebook não monetiza vídeos. A plataforma em si coloca um anúncio no início, meio ou fim. Parte da grana vai para os produtores de conteúdo.

No Face, vídeos abaixo de 3 min de duração não são monetizados.

A monetização é importante para fazermos conteúdos legais, de outras coisas. Daí a gente alterou alguns vídeos para passar desse tempo e ser monetizado lá também.

Tente encontrar meios. No início, não tinha gente fazendo o que fazemos. O melhor conteúdo do mundo é brasileiro, é dos Impedidos.

É preciso entender a plataforma, entender o público.

Como é usar imagens sem poder usar imagens com direitos de imagem? Como lidar com isso? Quais saídas?

DOZE

Eu acho que isso não tem impactado pra gente porque a gente não monetiza nossos vídeos. Até porque não teríamos grandes retornos. Quando a gente acha que um gol precisa ser mostrado, a gente anima ele. Às vezes, a gente usa e aí não monetiza o vídeo.

Depende muito do que a gente quer falar. O gol do Angelim foi assim. A gente usa vídeos das pessoas, dos celulares, mas trabalhamos com a subjetividade.

É isso. No YouTube, ele está aí muito antes da Amazon, do Netflix. Ele é universal, consegue mostrar um vídeo para todo mundo. Orlando Pirates. É muito bom ter seu trabalho sendo visto ao redor do mundo, sendo mostrado para um público que não tinha conhecimento com a gente.

Não temos preocupação com isso ainda. A gente tenta diversificar nosso conteúdo. Não nos vemos distantes do YouTube por causa disso. Enquanto a gente não monetiza nossos vídeos, essa questão do direito de imagem não nos impacta.

PELEJA

Nossos documentários no Chile. Colo Colo. Tem uma parte de cenas da ditadura militar. A mesma coisa com fotos da época do Sim ou do Não ao Pinochet. Você vai tentando creditar as pessoas.

Não escolher monetizar vídeos, o próprio YouTube faz isso, com vídeos de terceiros. Ele bloqueia o vídeo e é desmonetizado. Com fotos é menos complexo, mas sempre tentamos dar o crédito.

Isso gerou problemas com fotógrafos ou com agências?

PELEJA

A liberação nem sempre vem fácil. O que a gente costuma fazer, explicar o PELEJA e o que a gente quer com o documentário. Nesses casos, a tendência é ser positiva a resposta.

Como é seu trampo com o Cinefoot, João?

DOZE

Não participei de todas as edições do Cinefoot. Estou desde 2012. Comecei como assistente de produção e fui começando. É uma escola de fato. É uma referência. Tomei contato com filmes de tudo quanto é lugar do mundo. Ligar a câmera com essa referência e experiência conta muito. Estar ao lado de craques ajuda muito.

Eu estudo Cinema na UFF, tenho uma base de estudo, de graduação, participei de uma série de produções. Antes de contar histórias, é importante ouvir histórias. Como eu vou falar do Palestino no Chile. Você tem de estar de olhos abertos, ouvidos abertos.

Sobre sua trajetória

PELEJA

Eu saí da VICE em dezembro de 2009. Quase cinco anos de Vice foi para aprender sobre produção de conteúdos. Tive sorte de a Vice ser uma empresa global. Tive muitas referências, em que fui bebendo, entendendo. Ela deu espaço para o PELEJA crescer em paralelo. Ela entendeu que precisava me ajudar para fazer documentários. O documentário BICHA é de 2018. Ninguém falava de homofobia. Foi importantíssimo o editorial da Vice permitir isso. Depois fizemos sobre as camisas da várzea. Cada documentário que eu faço a gente sabe que o próximo seria melhor ainda.

Dicas. Primeiro, não há sorte. É competência nossa. Ninguém assistia o Fora do Eixo no início. Não pelos clubes. A visualização é a mesma. Hoje a gente reclama quando o vídeo não chega a 100 mil. É muita competência, mas é um privilégio meu eu ser um cara branco, homem, hétero. Isso me dá abertura no mercado. As portas do futebol que é o que eu amo se abrem mais para mim.

Não gosto de ver vídeos de youtubers falando que basta acreditar que vai chegar. Eu sempre vou ter consciência disso. É um pouco de sorte da minha parte.

Dando uma dica, as coisas estão mais acessíveis agora do que há vinte anos. Todos os smartphones fazem vídeos aceitáveis para colocar numa plataforma. Faça conteúdo. Cuidado ao seguir o que está dando muito certo. São milhares de fatores que influenciaram para dar certo. Não existe uma fórmula para dar certo.

O Peleja tem um negócio com a Umbro hoje.

Acredite no seu conteúdo e tente espalhar.

Quando saímos de mil visualizações, quando um conteúdo seu saiu daquele grupinho.

O conteúdo pouco visto não quer dizer que seja ruim.

Cuidado ao insistir muito tempo em um conteúdo que não deu certo. Quanto tempo é muito tempo. Não sei.

DOZE

Eu vou muito no caminho do PELEJA. A pessoa estar feliz com o que produz.

O retorno não necessariamente financeiro.

No Doze, estamos muito felizes com o que fazemos. Antes de pensar em monetizar, estamos querendo contar essas histórias.

A gente sempre tenta mostrar as vozes. Tentamos levantar outros projetos independentes.

Se você está contente com seu conteúdo, é isso que tem que buscar. A monetização vem depois.

O lance é esse deixar o entrevistando falando.

João Pedro Castro (Doze Futebol) – DOZE

“A gente também olha pra torcida. A gente já tinha a ideia de contar a história de torcedores pela voz dos torcedores.”

“A gente dá voz aos torcedores.”

O Doze está com três anos. Desde 2018, a gente começou a criar mais conteúdo, direto.

Murilo Megale (Canal Peleja) – PELEJA

 “A gente foi entendendo nossa audiência”

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#11 com Breiller Pires e Marco Sirangelo

A despeito da crise do Covid-19, a bola já está rolando em diversas ligas mundo afora. O retorno que é discutível mesmo em países que já controlaram a pandemia, modula perigosamente parte da opinião pública brasileira e fortalece a volta aos treinos de algumas equipes.

No episódio que abre a segunda temporada, o jornalista Breiller Pires e o gestor do esporte Marco Sirangelo, que também é colunista do Ludopédio, analisam os riscos da flexibilização da quarentena e as expectativas para as próximas semanas.

A VOLTA PRECIPITADA DO FUTEBOL

Breiller Pires: “Vejo com muita apreensão essa forçada de barra dos clubes. Acho natural discutir protocolos. Faz parte tentar elaborar documentos. O que não faz nenhum sentido é se reunirem com políticos. Ainda mais pelo momento vivido pelo país. Eles [os presidentes dos clubes] não enxergam a dimensão social do futebol. Deveriam servir de exemplo e não se prestar a esse papelão de ir a Brasília. Não deveriam deixar seus clubes virarem massa de manobra para o presidente [da República].”

O PAPEL DA CBF

Marcos Sirangelo: “A CBF inevitavelmente terá de financiar os clubes, pelo menos dar um suporte aos clubes menores. A grande contribuição seria tentar organizar o futebol. Só que não está funcionando. Cada estado está criando seus próprios protocolos.”

O USO POLÍTICO DO FUTEBOL

Breiller Pires: “Eu sempre me revolto muito com essa tentativa de despolitizar o futebol. A essência do futebol é política. Não dá para analisar o futebol de forma asséptica. Os torcedores não estão representados nessa [atual] estrutura do futebol. É muito difícil entrar em conselho deliberativo. É fundamental um movimento de democratização dos clubes. Fiquei muito esperançoso com esse movimento na Avenida Paulista [domingo, com torcidas antifascistas lutando por democracia e denunciando o fascismo crescente].”

CLUBE EMPRESA

Breiller Pires: “Eu não demonizo. Pode funcionar, desde que bem gerido e com a participação dos torcedores. Mas sou cético. Depende dos clubes. O que mais tem no futebol é oportunista. Tem de ter pé atrás. Gestores podem destruir clubes. A empresa vai abraçar causas se achar que aquilo é lucrativo. As empresas trabalham pela lógica do lucro.

Marcos Sirangelo: “No Brasil, [o projeto de clube empresa] tem de ser melhor debatido. A partir do momento em que tiver um dono, ele não vai sair. Você aceita entregar totalmente um clube [a um proprietário], as identidades correm risco.”

Marcos Sirangelo: “Tem dois projetos de lei sobre clube empresa no Congresso. Acho que vão fazer um bem bolado, um meio termo. Os clubes estão à mercê. Cada um vai ser livre para tomar suas próprias decisões.”

A ESPERANÇA PÓS-PANDEMIA

Breiller Pires: Os clubes precisam frear a elitização do futebol. É esse torcedor [com menos poder aquisitivo] quem vai salvar o clube. O primeiro passo é contemplar todas as camadas de torcedores. A economia pós-pandemia vai possibilitar isso. Toda a economia do futebol deverá ser revista: salários, preço de ingressos… Daí que os clubes vão tirar recursos. Tenho em vista uma economia social do futebol.”

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#11 Breiller Pires e Marco Sirangelo

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O Ludo Em Casa abriu a segunda temporada tabelando com Breiller Pires e Marcos Sirangelo. Na 11ª edição do programa, na última terça à noite, com transmissão ao vivo pelo Youtube, o papo começou pela pauta mais atual, a irresponsável volta do futebol (já assinou o manifesto do Ludopédio, aliás?), e passou pelo papel da CBF, o uso político do esporte, esquentou com a polêmica de clube empresa e fechou na esperança de maior democratização e renovação da organização e pensamento dos clubes brasileiros. 

Não custa sonhar, né? E estamos aqui pra ajudar a pensar, divulgar e pressionar.

O Ludo Em Casa fica gravado e na nossa biblioteca lá no Youtube. Dá para assistir a qualquer hora, inclusive os antigos. Basta clicar aqui. Abaixo, adiantamos os principais momentos do debate para dar um gostinho do que rolou.

A VOLTA PRECIPITADA DO FUTEBOL

Breiller Pires: “Vejo com muita apreensão essa forçada de barra dos clubes. Acho natural discutir protocolos. Faz parte tentar elaborar documentos. O que não faz nenhum sentido é se reunirem com políticos. Ainda mais pelo momento vivido pelo país. Eles [os presidentes dos clubes] não enxergam a dimensão social do futebol. Deveriam servir de exemplo e não se prestar a esse papelão de ir a Brasília. Não deveriam deixar seus clubes virarem massa de manobra para o presidente [da República].”

O PAPEL DA CBF

Marcos Sirangelo: “A CBF inevitavelmente terá de financiar os clubes, pelo menos dar um suporte aos clubes menores. A grande contribuição seria tentar organizar o futebol. Só que não está funcionando. Cada estado está criando seus próprios protocolos.”

O USO POLÍTICO DO FUTEBOL

Breiller Pires: “Eu sempre me revolto muito com essa tentativa de despolitizar o futebol. A essência do futebol é política. Não dá para analisar o futebol de forma asséptica. Os torcedores não estão representados nessa [atual] estrutura do futebol. É muito difícil entrar em conselho deliberativo. É fundamental um movimento de democratização dos clubes. Fiquei muito esperançoso com esse movimento na Avenida Paulista [domingo, com torcidas antifascistas lutando por democracia e denunciando o fascismo crescente].”

CLUBE EMPRESA

Breiller Pires: “Eu não demonizo. Pode funcionar, desde que bem gerido e com a participação dos torcedores. Mas sou cético. Depende dos clubes. O que mais tem no futebol é oportunista. Tem de ter pé atrás. Gestores podem destruir clubes. A empresa vai abraçar causas se achar que aquilo é lucrativo. As empresas trabalham pela lógica do lucro.

Marcos Sirangelo: “No Brasil, [o projeto de clube empresa] tem de ser melhor debatido. A partir do momento em que tiver um dono, ele não vai sair. Você aceita entregar totalmente um clube [a um proprietário], as identidades correm risco.”

Marcos Sirangelo: “Tem dois projetos de lei sobre clube empresa no Congresso. Acho que vão fazer um bem bolado, um meio termo. Os clubes estão à mercê. Cada um vai ser livre para tomar suas próprias decisões.”

A ESPERANÇA PÓS-PANDEMIA

Breiller Pires: Os clubes precisam frear a elitização do futebol. É esse torcedor [com menos poder aquisitivo] quem vai salvar o clube. O primeiro passo é contemplar todas as camadas de torcedores. A economia pós-pandemia vai possibilitar isso. Toda a economia do futebol deverá ser revista: salários, preço de ingressos… Daí que os clubes vão tirar recursos. Tenho em vista uma economia social do futebol.”


Ludo em casa é um programa semanal do Ludopédio. Entramos no ar pelo YouTube toda terça-feira, a partir de 21h, sempre com dois convidados. Inscreva-se no canal. E você for mais de podcast, aproveita para curtir a versão apenas em áudio lá no Spotify.


ASPAS

Breiller Pires

VOLTA DO FUTEBOL

Eu vejo com muita apreensão essa forçada de barra dos clubes. Acho natural discutir protocolos. Faz parte dos clubes tentar elaborar documentos. Não faz nenhum sentido para mim dirigentes se reunirem com políticos. Ainda mais pelo momento vivido pelo país.

Pra mim é muito emblemático que o presidente do Vasco seja um médico e o do Flamengo, um empresário.

Eles não enxergam a dimensão social do futebol.

Eles [Flamengo, Vasco e seus presidentes] deveriam servir de exemplo, não prestar esse papelão de ir à Brasília. Não deveriam deixar seus clubes serem massa de manobra para o presidente.

Acho que essa situação de SP é emblemática, porque o governador tomou as medidas necessárias. Esse lado foi assimilado pelos dirigentes, tanto que as primeiras entrevistas deles já foram nessa linha. Não se trata de bairrismo, mas de fazer valer a responsabilidade social.

Muita gente está em casa esperando um pretexto para sair.

A Alemanha não serve de parâmetro para a sociedade e os clubes brasileiros, pela estrutura dos clubes e pela testagem da sociedade.

Não dá para esperar a volta do futebol no curto prazo.

O PAPEL DA CBF

A CBF já disponibilizou 19 milhões. Ano passado teve mais de 1 bi de lucro. Os clubes menores estão sob seu guarda-chuva. Eles estão com pires na mão, já demitiram muita gente. É uma situação dramática, de desespero.

Muitos clubes nunca viveram uma situação dessas, mesmo jogando só alguns meses do ano.

A CBF neste momento deveria ter uma postura mais dura de salvar o futebol. Sobretudo, os pequenos que servem para manter o poder e a estrutura da CBF. É preciso ver como essa verba [de R$ 19 milhões] será distribuída.

O USO POLÍTICO DO FUTEBOL

É notável o uso político do futebol pelo presidente da República. Lembro da Copa América do ano passado em que ele entrou no intervalo e saudou os torcedores. E também o presidente entregando e segurando com os jogadores do Palmeiras a taça do Brasileirão. Essa relação próxima faz com que os clubes se sintam à vontade para fazer pedidos. A bancada da CBF está encorpadíssima pelos interesses da CBF e com essa linha direta com o governo federal.

A pior saída é querer se apoiar no governo e esperar benesses, como PROFUT.

Eu sempre me revolto muito com essa tentativa de despolitizar o futebol. A essência do futebol é política. Não dá para analisar o futebol de forma asséptica.

O exemplo do Cruzeiro é emblemático. Foi um clube gerido por um político, Zezé Perrela, foi senador de MG. Tem trânsito fácil em todas as instituições mineiras. A coisa explodiu lá porque vinha de muito tempo. O Cruzeiro foi sendo usado por esse grupelho. Não representa seus 8 mi de torcedores.

Mostra como os torcedores não estão representados nessa estrutura do futebol. É muito difícil torcedor de organizada conseguir entrar em um conselho deliberativo. Acho que é fundamental um movimento de democratização dos clubes. Fiquei muito esperançoso com esse movimento na Av. Paulista. É inimaginável termos um presidente negro nos maiores clubes. Mesmo o Bahia tem pouquíssimos negros em sua estrutura. Só vamos conseguir essa mudança com democratização e movimento social de torcedores.

E QUANDO VOLTAR, HEIN?

A preocupação é física (Alemanha).

Sem torcida, sem ambiente é outro esporte.

Acho que seria justo que todos de um mesmo campeonato ou estado voltem ao mesmo tempo.

Se analisar a situação de pandemia, faz parte de haver mais alterações. Mas esse é um lobby até da FIFA. É um movimento para aproveitar para “passar a boiada”, beneficiar o poder econômico. Torcedores do Flamengo querem, os do Botafogo sofrem.

CLUBE EMPRESA

Eu não demonizo. Pode funcionar, desde que bem gerido e com a participação dos torcedores. Mas sou cético. Depende dos clubes.

Eu não vejo por que o Flamengo, por ex., entrar por esse caminho.

O Vasco tem causas muito claras. Aí esse clube-empresa querendo lucrar. O CEO diz: Não vai dar porque acho isso aí mimimi.

Não é uma coisa simples. Precisa ser feito com muito estudo. O Botafogo ainda não chegou em um projeto confiável. É preciso deixar isso fora do espectro de políticos oportunistas.

Há muitos problemas nessa estrutura associativa dos clubes. Mas mesmo com problemas é possível funcionar. Com tempo, debate e com as torcidas, pode dar certo.

Um bom gestor pode não entender de futebol.

O que mais tem no futebol é oportunista. Tem de ter pé atrás. Gestores que podem destruir clubes. A empresa vai abraçar causas se achar que aquilo é lucrativo. As empresas trabalham pela lógica do lucro.

O Rayo Vallecano é um bom exemplo. O clube foi comprado por um milionário. A principal torcida do clube está em pé de guerra com o dono. Ele contratou um ucraniano fascista e a torcida o expulsou. É preciso um projeto que envolva a comunidade do clube.

O Palmeiras se aproximar do Bolsonaro é um acinte à história do clube. Eu vejo o Vasco com muito desalento. O máximo que faz são campanhas insossas contra o racismo. É preciso gerar mobilização.

Vejo com muito bons olhos o Flamengo da Gente, que prega que o clube se envolva com suas raízes populares. Os dirigentes devem ter essa visão social do futebol. É só um exemplo que os clubes são poucos democráticos.

Não levo fé só por ver a situação da pandemia atual. Sou cauteloso com reformas e regulamentação, principalmente com esse governo. Agora é um risco enorme.

O QUE PRECISAMOS FAZER?

Os clubes precisam frear a elitização do futebol. É esse torcedor [com menos poder aquisitivo] quem vai salvar o clube. O primeiro passo é contemplar todas as camadas de torcedores. A economia pós-pandemia vai possibilitar isso. Toda a economia do futebol deverá ser revista, salários, preço de ingressos. Vai ser daí que os clubes retirará seus recursos. Tenho em vista uma economia social do futebol.

A responsabilidade social no futebol é meramente decorativa. Não só no futebol, nas empresas também. É dessa cultura. O futebol não se envolve politicamente, de não tomar partido. É muito fácil campanha de marketing nas redes sociais. Onde estão os LGBTs nos clubes? A ação transformadora é mostrar LGBTs dentro dos clubes. Isso é transformador.”

Consigo enxergar isso no Bahia. Tem um Núcleo de Ações Afirmativas. Que bom que o clube está lucrando com suas ações. A partir do momento que a Nike banca o Collin Kaepernick, isso sim é responsabilidade social.

Fazer post e o dia a dia do clube não ser diferente, isso não me ilude, não.

Esse trabalho sobre abuso sexual vem de longo tempo. Todo mundo sabe que isso é comum nas categorias de base. Isso envolve homofobia. Desde os primeiros tempos na Placar, sabia que poderia tocar nesse tema. Depois de um ano levantando, trouxemos 22 [ou 21…] casos. Pela primeira vez a CBF falou que isso é um problema. Teve CPI. Os dirigentes da CBF foram convocados em 2014.

Continuo apurando e investigando esses casos. Em 2013, eram 22. Esse número passa de mil em um cálculo raso.

Em clubes que não têm estrutura, é muito arriscado para uma criança. Abuso sexual, estelionato…

Infelizmente, é algo muito comum.

_____

Marco Sirangelo

VOLTA DO FUTEBOL

É uma discussão complicada. É quase impossível voltar o futebol agora. História triste: massagista do Flamengo que faleceu. Não tem condição de voltar pela condição sanitária. 

Entendo o lobby dos clubes, pelas finanças. Não é a hora certa, principalmente no Brasil.

Acho que é uma notícia legal os clubes paulistas não pressionarem. É uma surpresa até interessante. É uma forma de os clubes voltarem a assumir seu papel.

O PAPEL DA CBF

A CBF inevitavelmente terá de financiar os clubes, pelo menos dar um suporte aos clubes menores. A grande contribuição seria tentar organizar o futebol. Só que não está funcionando. Cada estado está criando seus próprios protocolos.

O USO POLÍTICO DO FUTEBOL

A gestão no futebol poucas vezes foi tratada de forma técnica.

Receita zero dos clubes hoje, já que a maior parte vem da mídia e da bilheteria. É natural a relação política.

O Corinthians, pra mim, é um exemplo claro. Que mais precisa para tomar atitude?

Essa estrutura está caducando. O clube-empresa tem mil problemas. Não estou dizendo que é a salvação, mas pode levar à democratização dos clubes.

A menos que haja algo excepcional, acho muito difícil o Cruzeiro voltar como os outros grandes.

E QUANDO VOLTAR, HEIN?

Por mais que se cuide, o jogador profissional tem um limite físico para isso. Acho que lesão muscular vai acontecer adoidado.

O sonho do presidente da Juventus é fazer uma grande liga europeia. Já tem um movimento muito grande para deixar os maiores cada vez maiores e os menores, menores.

CLUBE EMPRESA?

A Roma e o Arsenal são empresas bem geridas, mas dentro de campo estão num certo ostracismo. Só que o futebol tem esse papel. O que prefere: um clube bem gerido ou um clube campeão.

No Brasil, tem de ser melhor debatido. A partir do momento que tiver um dono, ele não vai sair. O Newcastle é um exemplo.

O Hull City é um exemplo clássico. Os americanos adoram mudar a cor, a cidade.

A partir do momento que você aceita a entregar totalmente um clube, as identidades dos clubes correm risco.

Os torcedores do United vivem em pé de guerra com o dono. Daí eles fundaram um novo clube. Eu entendo muito mais como um movimento de protesto. É quase um pedido de socorro: resgatar o clube que não existe mais.

Tem dois projetos de lei sobre clubes-empresa no congresso. Acho que vão fazer um bem bolado, meio termo.

Os clubes estão à mercê. Cada clube vai ser livre para tomar suas próprias decisões. Regulamentações quanto a isso não acho que vai acontecer.

ARENIZAÇÃO

A atmosfera dos estádios caiu muito. Não falo de 20 anos atrás, mas de 5.

O Brasil tem a oportunidade de usar isso com um poder de vender isso.

Eu odeio assistir a jogos sentado.

Claro, tem uma questão de violência.

Podemos unir esses dois aspectos: democratização e modo de torcer. Ex. Argentina. Podemos usar isso a nosso favor.

Do ponto de vista fiscal, eles conseguem ter uma série de benefícios. Eles poderia ser vanguarda em usar a responsabilidade social para isso.

A Outfield, uma consultoria esportiva, me fez um convite para ser responsável pea área de conteúdo. Minha produção fica voltada para isso. Essa é a notícia boa mesmo tendo voltado no meio dessa pandemia.

Meu grande objetivo era aplicar o que estudei fora no esporte brasileiro

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#10 Futebol e política com Flávio Gomes e João Malaia

Flávio Gomes e João Casquinha Malaia são os convidados do episódio que encerra a primeira temporada do Ludopédio em Casa.

Futebol e política se misturam? Certamente não. Toda obra humana já nasce dentro de um contexto político, é um gasto de energia desnecessário tentar separá-los.

A discussão do retorno aos gramados dos clubes brasileiros revela o quanto essa relação simbiótica está presente. 

Para conversamos a respeito disso, convidamos duas figuras que não vão poupar adjetivos à loucura que vivemos:

1) o pesquisador e parceiro do Ludopédio João Casquinha Malaia para trazer um olhar histórico dessa crise, tendo como perspectiva a gripe espanhola.

Conheça a série Gripe Espanhola no Brasil: 

Ep.1

Ep.2

2) o apresentador e comentarista esportivo Flávio Gomes que além de trazer o olhar jornalístico sobre a cobertura da crise do Covid-19 também dispõe de uma experiência intensa nas interações das redes sociais

Confira a entrevista que fizemos com Flávio Gomes:

parte 1

parte 2

parte 3

parte 4

Episódio 10 do Ludopédio em Casa!

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#9 Futebol de Mulheres com Márcia Taffarel e Leda Costa

Futebol feminino, programação esportiva, treinadoras mulheres, oportunidades, massificação do esporte e diferenças entre o futebol de mulheres no Brasil e nos Estados Unidos são assuntos do Ludopédio em Casa

Com o mundial de 2019, o futebol feminino conquistou um certo espaço inédito na programação esportiva. Embora ainda seja distante do ideal, esse crescimento marcou uma vitória importante de quem luta por maior visibilidade e apoio na modalidade.

Com a interrupção do calendário esportivo devido à quarentena, muitas incertezas passam a rondar o futebol de mulheres. Por isso, convidamos a ex-jogadora Marcia Tafarel e a pesquisadora da UERJ Leda Costa para discutirmos as perspectivas do esporte para o futuro e o que pode já pode ser feito durante o isolamento.

Conhecer para reconhecer: a trajetória de Márcia Tafarel

https://www.ludopedio.org.br/entrevistas/leda-costa/

Entrevista Leda Costa (parte 2)

Episódio 9 do Ludopédio em Casa!

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#8 Futebol de africanos com Matheus Soares e Jonathan Portela

O Ludopédio em casa recebeu nesse episódio Matheus Soares (Ponta de Lança) e Jonathan Portela (Nota de Rodapé) para falar sobre futebol africano, transferência de atletas para os centros europeus e os paradoxos que em torno das nacionalidades dos jogadores africanos.

Ludopédio em casa, todas as terças, às 21 horas.

Matheus é um dos membros do coletivo Ponta de Lança que é especializado em ligas africanas de futebol e na cobertura de eventos que envolvem os atletas de origem africana. O Ludopédio em Casa também contou com a presença do Jonathan, apresentador do programa Nota de Rodapé e historiador que produziu uma pesquisas acerca do mercado de atletas no eixo Gana e Inglaterra.

 

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#7: História e Memória em tempos de Pandemia com Bernardo Buarque e Chico Brinati

Neste episódio, contamos com a presença dos professores Bernardo Buarque de Hollanda e Chico Brinati para debater as reconstruções históricas geradas pelo resgate de jogos antigos impulsionada pela interrupção dos campeonatos do mundo todo. 

Os debates em torno da memória da seleção de 1970 e a democracia corinthiana passam pela importância da preservação e bom uso dos acervos audiovisuais digitais e analógicos.

O papel da imprensa e também dos intelectuais na transmissão de informações e conhecimento sobre o futebol e a realidade brasileira também foi assunto.

Tese de José Paulo Florenzano

Documentário

Textos de Bernardo Buarque de Hollanda

Textos de Chico Brinati