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Bauman e a transformação dos jogadores de futebol em mercadorias

Rodrigo Koch 15 de julho de 2024

Considerando que o futebol é um dos frutos do processo civilizador (Elias) – e também contribuidor do mesmo – e, que desempenha um campo político (Bourdieu); neste breve texto pretendo retomar e ampliar as discussões iniciadas em Pensando a vida do jogador de futebol através das lentes de Zygmunt Bauman nos tempos líquidos (KOCH 2011); rediscutidas em MERCADORIAS PÓS-MODERNAS: produtividades das migrações de jogadores de futebol na contemporaneidade na constituição dos jovens torcedores (KOCH & FORELL 2016); e, que novamente causam questionamentos e sugerem novos olhares para este investigador. Considero que, na contemporaneidade, as condições de identidades múltiplas e ambíguas de atletas de futebol merecem maior aprofundamento e novos debates diante do cenário constantemente (des)(re)construído pela Futebolização (KOCH 2020), fenômeno pós-moderno que mercantilizou, espetacularizou e, em certa medida, vem ressignificando a modalidade esportiva mais apreciada no mundo.

Zygmunt Bauman (Poznán, Polônia, 1925 – Leeds, Inglaterra, 2017) foi um sociólogo e filósofo polonês, professor emérito de sociologia das universidades de Leeds e Varsóvia. De acordo com Bauman, nos tempos atuais, as relações entre os indivíduos nas sociedades tendem a ser menos frequentes e menos duradouras. Uma de suas frases marcantes poderia ser traduzida pos “as relações escorrem pelo vão dos dedos”. Segundo o seu conceito de “liquidez”, as relações humanas deixam de ter aspecto de união e passam a ser um mero acúmulo de experiências, e a insegurança seria parte estrutural da constituição do sujeito pós-moderno. Bauman, em seus escritos, costuma ir além do que Karl Marx observou como um verdadeiro fetiche pelo consumo; para ele criou-se um fetiche pelas marcas, deixando de importar o produto em si, mas a sua fabricante e o seu preço. Nas análises do sociólogo, o sujeito é objetificado pelo Capitalismo, tornando-se apenas o que ele consome, e não mais o que ele é. Portanto, na lógica da Modernidade Líquida (BAUMAN 2001), o sujeito é aquilo que ele consome.

Zygmunt Bauman. Fonte: reprodução
Zygmunt Bauman. Fonte: reprodução

Utilizarei aportes de Zygmunt Bauman para as temáticas que envolvem a condição do profissional do futebol. Analisando algumas passagens e pensamentos nos livros de Bauman, agora, “livrar-se das coisas tem prioridade sobre adquiri-las” (BAUMAN 2007, p. 8). Para o autor “a economia consumista se alimenta do movimento das mercadorias e é considerada em alta quando o dinheiro mais muda de mãos; e sempre que isso acontece, alguns produtos de consumo estão viajando para o depósito de lixo” (BAUMAN 2008, p. 51). Segundo Bauman, “a vida líquida é uma vida de consumo. Projeta o mundo e todos os seus fragmentos animados e inanimados como objetos de consumo, ou seja, objetos que perdem a utilidade enquanto são usados” (BAUMAN 2007, pp. 16-17). O que pode nos assustar é quando percebemos que estes objetos são os próprios seres humanos como destaca o sociólogo. “É um pensamento reconfortante – mas também prenhe de sofrimento quando as ‘coisas’ a serem consumidas pelos consumidores são outros seres humanos” (BAUMAN 2007, p. 140). Trazendo o debate para o futebol, mais precisamente para o jogador de futebol, não há nada melhor para um atleta da pós-modernidade do que estar desprendido de emoções sólidas que marquem ou determinem sua permanência em um lugar, ou seja, sua fixação a uma cidade ou a um clube. Esta relação modificada, do futebolista como ‘mercadoria’, teve seu marco em meados da década de 1990 com a criação da Lei Bosman na Europa.

Para o jogador de futebol dos tempos atuais – caracterizado pelo individualismo destacado em diversas obras de Zygmunt Bauman – o ideal é ser independente e flexível. O autor também argumenta que o empregado ideal é aquele sem vínculos, compromissos ou emoções anteriores, que esteja pronto para assumir qualquer tarefa e disposto para se reajustar e ‘refocalizar’, abraçando novas prioridades e abandonando as anteriores – portanto – também apto a deixar a empresa (ou instituição) quando não for mais necessário. As características do profissional pós-moderno apontadas por Bauman, ou líquido como prefere o sociólogo, se encaixam na maioria dos jogadores de futebol contemporâneos que percorrem durante suas curtas carreiras – que poucas vezes ultrapassam os 15 anos ou no máximo chega aos 20 anos de profissão – diversas equipes, cidades, países e continentes. Se antes se jogava em nome de algo, agora passa-se a performar em nome de si próprio. É possível afirmar que este processo faz com que as grandes atrações do esporte deixaram de ser os times e passaram a ser os jogadores. Observa-se então um processo de individualização dos interesses, mesmo em um esporte coletivo. Não há mais tempo para criar vínculos duradouros. “Numa vida líquida moderna não há laços permanentes, e se caso tenhamos algum… ele deve ser frouxo para que possa ser desfeito… quando as circunstâncias mudam” (BAUMAN apud THORPE 2016, p.142) A necessidade do mercado faz com que tenham que buscar novas identidades a cada momento, possibilitando casos e situações inimagináveis há menos de trinta anos atrás, como ver negros africanos nos Cárpatos russos, ou representantes das classes pobres sul-americanas adquirindo mansões e fazendo fortuna em meses de atuação na Europa e, agora também na China, Arábia Saudita e Estados Unidos. Ou ainda as verdadeiras ‘Torres de Babel’ do futebol, instituídas nas principais equipes do cenário mundial da modalidade. Vale lembrar, através das palavras do próprio Bauman, que “A população de todos os países agora é uma coletânea de diásporas”. “O futebol está mudando e está se tornando mais um mercado livre, (…). Os melhores jogadores estão mais livres para passar de um clube ao outro praticamente quando querem” (KUPER; SZYMANSKI 2010, p.154).

Na sociedade líquido-moderna de consumidores, não há identidades recebidas de nascença, nada é dado, muito menos de uma vez por todas e de forma garantida. Identidades são projetos: tarefas a serem empreendidas, realizadas de forma diligente e levadas a cabo até uma finalização infinitamente remota. (BAUMAN 2008, pp. 141-142)

Alguns atletas, em geral jovens apostas que prometem se tornar craques no futuro e que integram as seleções de base de seus países na América Latina e África, deixam suas origens quando ainda são muito novos e, por vontade e orientação de seus empresários (tutores), passam a percorrer inúmeros países, normalmente fazendo o caminho do leste para o ocidente e do sul para o hemisfério norte. Invariavelmente migram de clubes médios em seus países para pequenas equipes da segunda linha do futebol europeu ou emergentes asiáticos e árabes, onde devem se adaptar às condições do novo mundo. Vivem em um constante transbordamento de expectativas e variáveis emoções, que giram desde a alegria, passando pela aflição, tristeza e ódio. São levados para lá e para cá como qualquer mercadoria. “Os membros da sociedade de consumidores são eles próprios mercadorias de consumo, e é a qualidade de ser uma mercadoria de consumo que os torna membros autênticos dessa sociedade” (BAUMAN 2008, p. 76). Em outras palavras, também proferidas pelo sociólogo polonês, os jogadores de futebol “são aliciados, estimulados ou forçados a promover uma mercadoria atraente e desejável. […] E os produtos que são encorajados a colocar no mercado, promover e vender são eles mesmos. São, ao mesmo tempo, os promotores das mercadorias e as mercadorias que promovem” (BAUMAN apud CASTRO 2014, p.115).

Saldanha (2009) avalia questões comportamentais dos jogadores de futebol relacionadas ao mercado consumidor pós-moderno, e chega a conclusões semelhantes aos apontamentos de Bauman. Vejamos alguns aspectos discutidos pelo autor em sua dissertação: “Além de talento dentro de campo, os jogadores modernos têm de demonstrar desenvoltura em estúdios, e intimidade com câmeras e flashes. […] Desvinculados de seus clubes, livres de qualquer rejeição por rivalidade, eles se transformam em grandes estrelas, cada vez mais requisitadas para esse tipo de serviço. Não por acaso, temos a impressão de que alguns atletas conciliam o futebol com a carreira de modelo. […] A capacidade de agradar patrocinadores e alavancar a venda de produtos com sua marca pessoal se torna, muitas vezes, mais importante para o atleta do que suas conquistas dentro de campo” (SALDANHA 2009, pp. 81-84).

Do ponto de vista técnico na execução das tarefas da profissão – jogador de futebol –, as necessidades exigidas também se relacionam aos conceitos líquidos de Bauman. Saldanha (2009), ao pensar nas qualidades ideais para o jogador de futebol da atualidade, levanta uma série de virtudes e chega a seguinte conclusão: “A palavra-chave aqui parece ser versatilidade. O jogador moderno seria aquele capaz de jogar em várias posições e exercer diversas funções táticas durante a partida. Atacantes que também ajudam na marcação, meio campistas e defensores que desarmam o adversário e ainda ‘saem pro jogo’, enfim, atletas com ampla gama de competências técnicas e táticas, grande senso de coletividade, e preparo físico de maratonistas” (SALDANHA 2009, p. 76).

Podemos relacionar os pensamentos de Bauman (2007, 2008) e de Saldanha (2009) com o que Sennet (2002) escreveu em A corrosão do caráter. O autor aponta que as relações no trabalho estão mudando tanto nos últimos anos que até mesmo o significado da palavra “trabalho” está mudando. “Essa ênfase na flexibilidade está mudando o próprio significado do trabalho, e também as palavras que empregamos para ele” (SENNET 2002, p. 9). Hoje, as pessoas executam apenas partes do trabalho de uma forma fragmentada, assim como defendia Durkheim. Os trabalhadores não são mais controlados in loco, pois seu desempenho pode ser acompanhado à distância. Os serviços preponderam sobre os produtos. Há novas maneiras de organizar o tempo, sobretudo o tempo de trabalho. Agências de emprego passaram a ocupar espaço dentro das empresas com serviços terceirizados para segurança, limpeza, aspectos jurídicos e contábeis. Antes era admirável e desejável permanecer em um mesmo local de trabalho por muitos anos, enquanto hoje, quanto mais flexível for o trabalhador para rapidamente se adaptar a novas tarefas melhor será para ele. Sennet (2002) também destaca a automatização de muitas atividades tendo como consequência a indiferença com que são tratados os trabalhadores destes setores. “As empresas buscaram eliminar camadas de burocracia, tornar-se organizações mais planas e flexíveis. Em vez das organizações tipo pirâmide, a administração quer agora pensar nas organizações como redes” (SENNET 2002, p. 23). Em análise sobre o comportamento deste novo tipo de trabalhador, inserido na pós-modernidade, Sennet (2002) avalia que o “capitalismo de curto prazo corrói o caráter dele, sobretudo aquelas qualidades de caráter que ligam o ser humano uns aos outros, e dão a cada um deles um senso de identidade sustentável” (SENNET 2002, p. 27). Para este pensador, a lealdade acabou. Transferindo esta característica social contemporânea para o futebol nos deparamos muitas vezes com as exigências feitas por torcedores fanáticos às estrelas da equipe, principalmente quando estas trocam de lado entre times com rivalidades históricas.

Podemos encerrar esta breve análise imaginando o jogador de futebol como uma engrenagem fundamental desta máquina consumidora pós-moderna a que Bauman tem se referido como sociedade de consumidores. Dentro do mercado dos ‘pés de obra’ e da mercantilização do jogo, são eles as principais ferramentas para gerar receitas aos clubes, investidores, patrocinadores e empresários; contudo, não possuem instrumentos suficientes para administrarem suas próprias carreiras, tornando-se assim reféns da sociedade de consumidores. São bens, produtos e mercadorias que perdem o valor facilmente. Uma lesão, uma temporada ruim, um técnico exigente e antipático ao atleta, um clube distante, a idade que avança, além de tantas outras variáveis, e tudo poderá estar perdido. São todos aspectos ligados à adaptação do atleta.

Jogadores que passaram por equipes rivais: Fred. Romário, Ronaldo e Ibrahimovic. Fonte: reprodução
Jogadores que passaram por equipes rivais: Fred. Romário, Ronaldo e Ibrahimovic. Fonte: reprodução

“[…] o jogador é um empreendedor que investe em capital corporal, um jovem freelance que trabalha com os pés. Todavia, o capital físico dos jogadores é central para sua relação produtiva com o clube. Se não passar no exame médico, nenhum contrato é proposto. No treino pré-temporada, o corpo é aprimorado, de mercadoria flexível é transformado em capital futebol. […] Ao passar pelas últimas etapas de uma partida ou de uma carreira profissional, o corpo é considerado como uma máquina, um instrumento de trabalho morto com uma existência finita. Os jogadores com grande mecânica continuam correndo até o apito final; aqueles que visivelmente são mais vagarosos não tem nenhum combustível” (GIULIANOTTI 2010, pp.144-145)

“As representações simbólicas de uma nova cultura emergem por todos os lados nas vidas desses jogadores; eles precisam aprender uma língua desconhecida, experimentar uma culinária diferente, se adequar a novos regimes morais” (PALMIÉRI 2009, p.99).

Kuper e Szymanski (2010) também fizeram esta análise: “Mudar para um emprego em outra cidade sempre é estressante; mudar para outro país é ainda mais. O desafio de se mudar do Rio de Janeiro para Manchester envolve ajustes culturais que não se comparam a se mudar de Springfield, Missouri, para Springfield, Ohio. Mas os clubes europeus que pagam milhões de dólares por jogadores estrangeiros com frequência não estão dispostos a gastar alguns milhares a mais para ajudá-los a se instalar em suas novas casas” (KUPER e SZYMANSKI 2010, p.66).

O fracasso está sempre à espreita e há necessidade de lutar contra isso diariamente. Estas constatações nos levam a enxergar a profissão de jogador de futebol de um modo diferente do que estávamos habituados. Torcedores tradicionais discordam e se revoltam com o comportamento de alguns atletas que beijam o distintivo de cada clube em que chegam, jurando amor pela agremiação, como quem se apaixona cegamente. Mas o atleta pós-moderno não deve adquirir sentimentos sólidos por nenhum clube, deve estar disponível para enfrentar qualquer adversidade e mudança repentina e, principalmente, deve estar preparado para o inevitável final abrupto de sua carreira.

Resta o direito de imagem, mais sagrado do que nunca, o direito, por exemplo, de jogadores de futebol e outras celebridades ganharem dinheiro sem o trabalho de pensar e ter ideias (SILVA 2012, p.52).

Saldanha (2009), ao analisar as capas e matérias da revista Placar, em sua dissertação, observa esta alteração de foco a partir de meados da década de 1990. Outra modificação significativa nas capas de Placar é o apagamento do vínculo clubístico do jogador. Se antes o atleta aparecia como um representante de sua equipe, agora, na maioria das vezes, não há pistas sobre qual é seu clube. “O exame das manchetes reforça essa impressão. […] Mesmo quando esse vínculo aparece […], ele ocupa um papel secundário, já que é o jogador quem está em evidência. O jogador passa a aparecer individualizado, separado de sua equipe. O deslocamento do foco de atenção em Placar, dos clubes para os jogadores, parece estar associado à mudança na representação de torcedor […]” (SALDANHA 2009, p.81).

Como podemos observar, brevemente, jogadores de futebol também se encaixam nos perfis descritos por Bauman, e outros autores, dos profissionais pós-modernos e contemporâneos. São condições ambíguas, pois ao mesmo tempo no qual reforçam seus individualismos e ganham foco e importância superiores às instituições (clubes), também podem ser mercadorias facilmente descartáveis e substituídas assim que sua atratividade ou condição técnica sucumbir. Portanto, vale discutir o valor de mercado dos atletas, bem como seus respectivos salários e, ainda, como estas peças se encaixam e trabalham nas engrenagens e nas máquinas comerciais e bilionárias que se tornaram algumas franquias do futebol pós-moderno, com um cenário cada vez mais dominado por clubes-empresas, sociedades anônimas do futebol ou sendo propriedades de magnatas árabes e asiáticos. “O estrelato, o sistema de transferências e o envolvimento da mídia servem para desarraigar os jogadores, transformando-os em símbolos internacionais, que compartilham uma subcultura ocupacional com outras celebridades transnacionais” (GIULIANOTTI 2010, pp.163-164) Também é profícuo pensarmos em muitos pontos destas teorias aplicadas aos torcedores-consumidores (ou aficionados, fãs e seguidores), pois “Entre as maneiras com que o consumidor enfrenta a insatisfação, a principal é descartar os objetos que a causam”; portanto, “Não se espera dos consumidores que jurem lealdade aos objetos que obtém com a intenção de consumir” (BAUMAN apud CASTRO 214, p.127-128).

Zygmunt Bauman. Fonte: reprodução
Zygmunt Bauman. Fonte: reprodução

Referências

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Tradução Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

BAUMAN, Zygmunt. Vida Líquida. Tradução Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.

BAUMAN, Zygmunt. Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadoria. Tradução Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

CASTRO, Celso. Textos básicos de Sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 2014.

GIULIANOTTI, Richard. Sociologia do futebol: dimensões históricas e socioculturais do esporte das multidões. Tradução Wanda Nogueira Caldeira Brandt e Marcelo de Oliveira Nunes. São Paulo: Nova Alexandria, 2010.

KOCH, Rodrigo. Pensando a vida do jogador de futebol através das lentes de Zygmunt Bauman nos tempos líquidos. Revista Legado: Esporte, Educação, Marketing & História. Gravataí/RS, v. 01, n. 04, p. 21-27, set./dez., 2011. ISSN 2236-305X.

KOCH, Rodrigo. Futebolização: identidades torcedoras da juventude pós-moderna. Brasília, DF: Trampolim Editora/Ministério da Cidadania, 2020.

KOCH, Rodrigo. Cultura, Identidade e Futebolização: na Europa Contemporânea. Saarbrücken: Novas Edições Acadêmicas, 2022.

KOCH, Rodrigo; FORELL, Leandro. MERCADORIAS PÓS-MODERNAS: produtividades das migrações de jogadores de futebol na contemporaneidade na constituição dos jovens torcedores. Cadernos de Estudos Culturais. Campo Grande/MS, v.08, n.15, p. 155-172, jan./jun., 2016. ISSN 1984-7785.

KUPER, Simon; SZYMANSKI, Stefan. Soccernomics: porque a Inglaterra perde, a Alemanha e o Brasil ganham, e os Estados Unidos, o Japão, a Austrália, a Turquia – e até mesmo o Iraque – podem se tornar os reis do esporte mais popular do mundo. Tradução de Alexandre Martins. Rio de Janeiro: Tinta Negra Bazar Editorial, 2010.

PALMIÉRI, Júlio César Jatobá. Futebol e basquete made in brazil: uma análise antropológica do fluxo de jogadores para o exterior. In: TOLEDO, Luiz Henrique de; COSTA, Carlos Eduardo. Visão de jogo: antropologia das práticas esportivas. São Paulo: Editora Terceiro Nome, 2009.

SALDANHA, Renato Machado. Placar e a produção de uma representação de futebol moderno. Dissertação de mestrado. Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano – UFRGS, 2009.

SENNET, Richard. A corrosão do caráter: as consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo. Tradução Marcos Santarrita. Rio de Janeiro: Record, 2002.

SILVA, Juremir Machado da. A sociedade midíocre. Passagem ao hiperespetacular: o fim do direito autoral, do livro e da escrita. Porto Alegre: Sulina, 2012.

THORPE, Christopher et al. (eds.). O livro da Sociologia. Tradução de Rafael Longo. 2ª edição. São Paulo: GloboLivros, 2016.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Ludopédio.
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Rodrigo Koch

Pós-Doutor (Sociologia) pelo Institut Universitari de Creativitat i Innovacions Educatives de la Universitat de València, Doutor em Educação (Culturas Juvenis) pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Mestre em Educação (Estudos Culturais) pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), pós-graduado em Administração e Marketing Esportivo pela Universidade Gama Filho (UGF), e graduado em Educação Física pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). Vencedor (1º lugar na classificação geral) do Prêmio Brasil de Teses e Dissertações sobre Futebol e Direitos do Torcedor - Edição 2018-2019. Pesquisador Associado do Centro Latino Americano de Estudos em Cultura - CLAEC. Professor adjunto D da Uergs - Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, lotado na unidade Hortênsias-São Francisco de Paula.

Como citar

KOCH, Rodrigo. Bauman e a transformação dos jogadores de futebol em mercadorias. Ludopédio, São Paulo, v. 181, n. 16, 2024.
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